Navegar

22/08/2018

Pedro Nunes, matemático entre dois mundos

Anos atrás visitei o promontório de Sagres, na costa sul de Portugal, celebrizado por Luís de Camões em “Os Lusíadas”. De lá saíram, meio milênio atrás, as embarcações portuguesas que descobriram para os europeus tantas novas terras na África, Ásia e América, incluindo o Brasil.

Como muitos outros visitantes um pouco ingênuos, busquei vestígios da famosa “escola de Sagres”, que teria sido criada pelo príncipe D. Henrique, o Navegador (1394–1460).

Leia também:  Matemática em casa ajuda as crianças na escola?
A beleza matemática dos flocos de neve
Definida a equipe do Brasil para disputa da Iberoamericana

Tal escola nunca existiu fisicamente, mas é fato que Henrique se cercou dos melhores matemáticos, astrônomos, cosmógrafos e cartógrafos do seu tempo, e nesse ambiente de intensa curiosidade fomentado pelo príncipe floresceu uma escola de pensamento que buscava o conhecimento na experiência direta, e não mais nos livros antigos.

O maior expoente da tradição iniciada em Sagres foi o matemático e cosmógrafo português Pedro Nunes (1502–1578), uma das maiores figuras científicas de seu tempo. Tempo de transição entre a tradição medieval, respeitosa da autoridade, e a cultura do Renascimento, voltada para o mundo empírico.

Pedro Nunes foi o último grande matemático que contribuiu para melhorar o sistema astronômico geocêntrico de Ptolomeu, que logo seria desbancado pelo sistema heliocêntrico, de Copérnico e Galileu.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal ou confira na versão impressa

A Folha permite que cada leitor tenha acesso a dez textos por mês mesmo sem ser assinante.

Leia também: IMPA abre concurso para contratar pesquisador
Jornada no IMPA homenageia Manfredo do Carmo
Problemas matemáticos: o fácil pode ser muito difícil