15/03/2021

Aos 72 anos, morre o matemático Andrew Majda

Foto: Oberwolfach Photo Collection/ George M. Bergman

O matemático americano Andrew Majda morreu, na última sexta-feira (12), aos 72 anos, de doença de Parkinson. Professor Emérito do Instituto Courant (Nova Iorque), sua pesquisa era baseada na sinergia entre métodos assintóticos, modelagem computacional, compreensão física e análise matemática rigorosa. Majda ficou conhecido por suas contribuições fundamentais para a teoria de ondas de choque, dinâmica de fluidos incompressíveis, teoria de turbulência e, mais recentemente, na ciência da atmosfera e do oceano.

O matemático começou sua carreira científica como instrutor no Instituto Courant, onde ficou entre 1973 e 1975. Antes de retornar ao instituto, em 1994, foi professor na Universidade de Princeton (1984-1994), na Universidade da Califórnia – Berkeley (1978-1984) e na Universidade da Califórnia – Los Angeles (1976-1978).

Membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos, o pesquisador foi agraciado com o John von Neumann Prize da SIAM, o National Academy of Sciences Prize in Applied Mathematics e o Lagrange Prize do ICIAM. Também recebeu duas vezes a Medalha do Collège de France. Foi plenarista no Congresso Internacional dos Matemáticos (ICM), de 1990, em Quioto (Japão), e no International Council for Industrial and Applied Mathematics (ICIAM) de 1987, em Paris (França).

“Assisti à palestra plenária de Majda no ICM (Congresso Internacional de Matemáticos) 1990, em Quioto. Lembro de ter ficado muito impressionado com a sua visão abrangente das aplicações da matemática, nesse dia particularmente na aviação, que me abriu os olhos para uma dimensão que eu desconhecia”, lembrou Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA.