Navegar

25/11/2020

Pesquisadores do IMPA estão entre mais influentes do Brasil

Os pesquisadores do IMPA Alfredo Iusem, Luiz Velho, Mikhail V. Solodov, Benar Svaiter e Ricardo Mañé (1948—1995) estão entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo e 600 mais influentes do Brasil, segundo um estudo liderado pela Universidade Stanford (EUA). O levantamento usou a base de dados Scopus, do campo das publicações científicas, e considera a quantidade de citações dos pesquisadores em trabalhos científicos ao longo de suas carreiras.

“Me sinto lisonjeado de estar em qualquer lista ao lado de Ricardo Mañé, um dos maiores matemáticos de todos os tempos, e da bióloga Mayana Zatz. O IMPA está bem representado na lista, e isso é mais um exemplo de como o instituto concentra um grupo muito bom de matemáticos”, pontuou Luiz Velho,  pesquisador-líder do Visgraf (Laboratório de Computação Gráfica do IMPA). Velho ressaltou ainda que a lista segue critérios específicos e usa uma determinada base de dados, mas que os resultados poderiam ser diferentes caso a base fosse outra.

Leia mais: Segunda live do INCTMat vai tratar da avaliação de projetos
Curiosidade é motivação comum entre jornalistas e cientistas
Conectada, Natália inicia a faculdade de matemática

Especialista em otimização matemática, Alfredo Iusem acredita que a presença de vários colegas do IMPA na seleção confirma “o lugar de destaque que o nosso instituto ocupa no quadro da ciência brasileira.” O pesquisador ressaltou que o uso exclusivo de critérios bibliográficos para medir a influência de cientistas pode levar a um resultado impreciso, mas ainda assim ficou satisfeito com a notícia. “Entendo que nos tempos atuais, quando paira sobre a nossas cabeças uma narrativa negacionista e anticientífica, é importante destacar o papel da ciência brasileira no desenvolvimento do país, e a influência do trabalho dos cientistas brasileiros no marco nacional e mundial.”

“Me sinto extremamente honrado de estar nestas listas onde figura Ricardo Mañé. Acho relevante para o IMPA que nelas estejam presentes alguns de seus pesquisadores”, comentou Svaiter.

Assinado por John P.A. Ionnidis, da Universidade Stanford (EUA); Kevin W. Boyack, da SciTech Strategies, Inc. (EUA), e Jeroen Baas, da Elsevier (Holanda), o artigo foi publicado em outubro. Com as  informações do banco de dados, os autores fizeram dois rankings: um que mede o impacto do pesquisador ao longo da carreira desde o ano de 1996 até 2019 e outro que mensura o alcance do pesquisador somente no ano de 2019. 

Nomeado “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators”, o estudo classificou cientistas em 22 campos e 176 subcampos científicos. Há também uma lista expandida que inclui outros nomes de cientistas que não entraram na lista dos 100 mil, mas que estão nos 2% do topo mundial de sua respectiva área.

Leia também: Em live sobre simetria, Marcelo Viana fala do Teorema Mágico
Mistério dos buracos negros fica em 1º lugar no Prêmio IMPA-SBM