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21/06/2021

Em obituário, Folha destaca trabalho de Wolmer Vasconcelos

Crédito: Arquivo Pessoal

Em obituário publicado no sábado (19), a Folha de S.Paulo destacou as contribuições do pesquisador pernambucano Wolmer Vasconcelos para a matemática nacional e internacional. Professor da Universidade Rutgers e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Wolmer ficou conhecido por seu trabalho em álgebra comutativa, geometria algébrica, álgebra computacional e aplicações variadas. Se dedicou também ao desenvolvimento de métodos e algoritmos para sistemas de computação simbólica.

Aron Simis, professor emérito do departamento de matemática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), definiu o colega como “um líder em álgebra comutativa e geometria algébrica”. “O Wolmer era uma pessoa incrível, gentil e com noção de humanidade. Cuidou muito dos alunos. Era um professor adorado e ainda poderia produzir muito”, disse ao jornal.

Wolmer Vasconcelos se formou em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco e teve uma curta passagem pelo IMPA em 1961. Depois, seguiu para o doutorado na Universidade de Chicago e um pós-doutorado na Universidade de Cornell.

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Leia a matéria na íntegra:

Mortes: Referência mundial em álgebra, foi generoso com os alunos

Wolmer Vercosa Vasconcelos era membro da Academia Brasileira de Ciências

A morte do professor Wolmer Vasconcelos deixa uma lacuna na matemática nacional e internacional.

Para Aron Simis, professor emérito do departamento de matemática da Universidade Federal de Pernambuco, ele foi um líder em em álgebra comutativa e geometria algébrica. Álgebra computacional e o desenvolvimento de métodos e algoritmos para sistemas de computação simbólica também faziam parte de sua área de conhecimento.

Unidos pela matemática, Wolmer e Aron se conheceram nos tempos da faculdade e ficaram grandes amigos. “Wolmer terminava a escola de engenharia e eu entrava para o curso de matemática”, conta.

“O Wolmer era uma pessoa incrível, gentil e com noção de humanidade. Cuidou muito dos alunos. Era um professor adorado e ainda poderia produzir muito”, diz Aron.

O pesquisador nasceu em Moreno, Pernambuco. Formou-se em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco.

Membro da Academia Brasileira de Ciências, em 1961, teve uma curta passagem pelo Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e depois seguiu para o doutorado na Universidade de Chicago. O pós-doutorado foi na Universidade de Cornell. Wolmer construiu sua trajetória como professor da Universidade Rutgers. O matemático escreveu mais de 120 publicações.

Segundo o amigo Aron, aos 11 anos, Wolmer foi diagnosticado com uma doença rara e com o tempo apresentou algumas dificuldades, inclusive para caminhar.

“Ele era uma mente brilhante sustentando um corpo fraco. Desde muito cedo, destacava-se pela capacidade brilhante. Quando criança, fabricava aparelhos de rádio”, diz Aron.

Wolmer nunca ficava de mau humor, gostava de filmes e de basquete. Sabia tudo sobre a NBA (National Basketball Association).

Mesmo nos EUA, interessava-se pelos assuntos do Brasil, principalmente os políticos, segundo o amigo.

Ele morreu dia 14 de junho, aos 84 anos. A causa não foi informada. Deixa a esposa Áurea. O casal não teve filhos.

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