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25/03/2021

Evento põe foco na programação criativa no Brasil

Com plataformas de linguagens de programação cada vez mais sofisticadas, artistas visuais estão trocando o tradicional pincel pelos códigos na hora de criar suas obras. É para este público que foi pensado o Processing Community Day 2021 (PCD), que será realizado, em formato virtual, entre 11 e 17 de abril. Apoiado pelo IMPA e pelo Visgraf (Laboratório de Computação Gráfica do instituto), o evento tem o objetivo de divulgar a programação criativa no Brasil.

Palestras e workshops vão apresentar diferentes formas de uso da Processing, plataforma do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) usada especialmente por designers e artistas que fazem uso de tecnologia em sua produção. A programação já está disponível. As inscrições são gratuitas, e devem ser feitas no site do encontro.

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“O PCD tem como objetivo engajar novos integrantes e interessados na comunidade da programação criativa, desmistificando esta área para os designers e artistas visuais, que não costumam ter tanta familiaridade com estas ferramentas. Além de solidificar as relações já existentes da comunidade, que já tem um tamanho considerável”, explica Barbara Castro, professora da PUC-Rio e uma das organizadoras do evento.

A plataforma do MIT tem entusiastas mundo afora. A ideia é que a 3ª edição brasileira do evento tenha abrangência maior por aqui. “Nas edições anteriores, a comemoração do PCD acontecia individualmente, em alguns pólos do país. Neste ano, conseguimos o apoio de cerca de 30 instituições, entre elas, muitas universidades, o que aumenta o alcance do evento entre alunos e pesquisadores interessados em criatividade computacional”, acredita a organizadora.

Formada em comunicação visual pela PUC-Rio, Barbara passou também pelo Visgraf em sua trajetória acadêmica. Lá, desenvolveu a habilidade em programação, conta a designer, co-orientada por Luiz Velho, pesquisador-líder do laboratório de computação do IMPA, no mestrado em Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Aprendi a programar com base na minha demanda criativa. O Luiz Velho conseguia me ensinar os conceitos conforme eu me deparava com eles. Era realmente um processo livre de aprendizagem. Foi incrível”, relembra.

No início do doutorado, também na UFRJ, Barbara criou a AMBOS&&  estúdio de criação que une design, arte, tecnologia e educação para uso em exposições, instalações interativas, visualizações de dados, oficinas e palestras. A empresa já foi parceira do Visgraf em diversos projetos, como o “Imaginary”, exposto no Festival da Matemática de 2017, e o “Geometria e Imaginação”, que fez parte do  Congresso Internacional de Matemáticos (ICM, na sigla em inglês) de 2018.

Pela primeira vez na organização do PCD, Claudio Esperança, professor de Engenharia de Sistemas da COPPE/UFRJ e de Design da Escola de Belas Artes da UFRJ, está animado com o potencial alcance do evento. “Tem muita gente engajada em todo o Brasil, e temos o apoio da Processing Foundation e de diversos laboratórios de design. A ideia é trabalhar com artistas com ideias visuais avançadas. É um grande ‘melting pot’, muito bom para se renovar e sair da mesmice.”

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