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29/09/2022

Com palestras variadas, evento empolga estudantes

Para mostrar que a matemática está em toda a parte, o pesquisador do IMPA Paulo Orenstein apresentou a palestra “Cadeias e Códigos”. A um público diverso, Orenstein explicou como usou a matemática para decifrar grafites misteriosos que apareceram no Rio de Janeiro.

Instigado por um professor da graduação, Orenstein criou um algoritmo para traduzir os grafites criados pela artista plástica Joana Lenz-Cesar. A plateia acompanhou com interesse ao processo utilizado para compreender o código criado.

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Ao final da palestra, o pesquisador revelou sua motivação para decifrar esse código. “Acho que faz parte da alma de um matemático tentar resolver um desafio que alguém te dá. E também porque as ideias utilizadas aqui já haviam sido utilizadas em outro lugar”, explicou Orenstein, que citou um código utilizado por detentos em uma prisão nos Estados Unidos.
 
A matemática no cotidiano
 
Outra palestrante que conquistou o público foi Nina da Hora. A cientista da computação e influenciadora falou sobre as conexões da matemática com a vida real e sua aplicação no cotidiano.
 
Na plateia, estudantes de idades variadas assistiram aos exemplos dados por ela sobre como a matemática está ao nosso redor. Ela citou casos de serviços de streaming de vídeos e áudios.

Nina da Hora também falou sobre a presença da matemática em jogos de computador e de videogame. “A matemática não precisa ser só o que vocês assistem em sala de aula”, explicou. 

Após a palestra, Nina conversou com um grupo de alunos e tirou as dúvidas deles. “Eu gosto desses convites onde posso contar um pouco da minha trajetória e engajar os estudantes em áreas que eles acham que não têm a habilidade necessária. Acho super importante festivais assim”, afirmou. 

Colorindo grafos

A última palestrante do dia foi Diana Sasaki Nóbrega, pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ela abordou os grafos, estruturas matemáticas formadas por um conjunto de vértices conectados por arestas. 

Diana afirmou que os grafos são ferramentas que ajudam na resolução de problemas e explicou a coloração de grafos, com foco na conjectura das quatro cores. O teorema afirma que são necessárias apenas quatro cores para se colorir um mapa de modo que duas regiões vizinhas não fiquem com a mesma cor. 

A pesquisadora contou a história da conjectura das quatro cores e citou exemplos práticos do uso na coloração de grafos. “Esses problemas de coloração auxiliam muito, porque eles modelam e ajudam a solucionar conflitos, como rotas de aviões ou professores em salas de aula”. 

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