25/07/2023

Maria Soledad apresenta palestra sobre controle ótimo

A pesquisadora da FGV (Fudação Getúlio Vargas) Maria Soledad comandou nesta terça-feira (25) a palestra de divulgação “Controle ótimo: teoria, aplicações e desafios”. Para um auditório lotado, a pesquisadora apresentou os problemas que deram origem à teoria de controle ótimo e discutiu aspectos teóricos e práticos até chegar às aplicações e desafios atuais.

“Fiquei muito contente em poder divulgar essa área de pesquisa, que não está muito desenvolvida, do ponto de vista matemático, no Brasil. É uma coisa que estou construindo há dez anos desde que cheguei aqui no IMPA em 2014, para um pós-doutorado de excelência e posteriormente, ingressei na FGV como professora”, afirmou a pesquisadora.

Soledad trabalha com aplicações de epidemiologia matemática que envolvem controle de doenças ou de pragas, otimização da vacinação, que chegou a incluir a Covid-19, através da otimização de testagem.

A pesquisadora aproveitou o Colóquio para divulgar o programa Cátedra Marília Chaves Peixoto que abriu inscrições para candidatas a uma bolsa de pós-doutorado em Matemática Aplicada, Estatística ou Ciência de Dados. A ação da FGV tem como objetivo aumentar o número de mulheres nos níveis superiores de qualificação em matemática e Ciência da Computação.

“Sou professora e coordenadora da pós-graduação na FGV EMAp, sou a única mulher no corpo docente permanente. Estamos vendo que a porcentagem de mulheres que ingressam na graduação é baixa e isso vai descendo. É menos no mestrado e às vezes zero no doutorado. E aí, como vamos contratar professoras mulheres, se elas nem tão chegando no doutorado? Então, criamos esse programa de bolsa de pós-doutorado de até três anos. Gostaria de ter muitas candidatas para continuar com esse programa durante muitos anos.

As inscrições para o programa vão até dia 31 de agosto. Marília Chaves Peixoto (1921 -1961) foi a primeira mulher a concluir um doutorado em matemática. Pesquisadora da área de Sistemas Dinâmicos, seus trabalhos sobre funções convexas tiveram repercussão internacional. Em 1951, Marília ingressou na Academia Brasileira de Ciências, sendo a primeira brasileira a ser membro daquela instituição. Ela morreu em 1961, aos 39 anos.