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07/12/2022

Por que não existe prêmio Nobel da matemática?

 

Rio de Janeiro – Exposição sobre o Prêmio Nobel na Fundação Getúlio Vargas. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo

Há todo tipo de lendas sobre por que não existe Prêmio Nobel da matemática. Conta-se que Alfred Nobel (1833-1896), o industrial sueco que legou a maior parte de sua fortuna para a criação dos famosos prêmios, não gostava de seu compatriota matemático Magnus Gustav Mittag-Leffler (1846-1927). Essa parte é verdade, não gostava mesmo. Que não criou com receio de que outro ganhasse. Isso já é forçado. E que haveria uma história de saias entre os dois. O que, segundo os meus colegas suecos, é estapafúrdio.

A resposta correta é também a mais simples: Nobel não podia criar prêmios para todas as áreas do conhecimento e atividade! A partir da sua trajetória pessoal como químico e inventor, angustiado pelo uso militar de sua maior descoberta, a dinamite, ele escolheu os cinco temas que lhe pareciam mais diretamente ligados ao progresso da humanidade: químicafísica, fisiologia ou medicinaliteratura e paz.

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Inclusive, o que conhecemos como “Prêmio Nobel de Economia” não é de sua autoria. O nome oficial é “Prêmio em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel” e é uma criação tardia do Banco Central da Suécia, que o financia. Foi dado pela primeira vez em 1969, enquanto os cinco prêmios criados por Nobel vêm sendo concedidos desde 1901. Mas, a esta altura, o seu prestígio é comparável ao dos prêmios originais.

Os Nobel são concedidos anualmente, e o seu montante atual é de 10 milhões de coroas suecas, um pouco mais de R$ 5 milhões, que podem ser compartilhados por até três pessoas ou, no caso do prêmio da Paz, organizações. Até hoje, os seis prêmios já foram concedidos em 615 ocasiões, a 989 laureados, incluindo 61 mulheres.

É possível ganhar mais do que uma vez, mas é muito raro: apenas cinco pessoas e duas organizações conseguiram essa façanha até hoje. Entre eles, a cientista Marie Curie, agraciada com o prêmio da Física em 1903 e o da Química em 1911.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal

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