Matemática no Brasil em 2018: veja as 5 principais notícias
2018 foi um ano de conquistas importantes para a Matemática no Brasil. Para começarmos 2019 inspirados, listamos as cinco notícias mais relevantes. Vem relembrar com a gente.
1 – Brasil chega à elite da pesquisa matemática
Desde 1º de fevereiro de 2018 o Brasil passou a integrar o grupo das nações mais avançadas na pesquisa matemática ao lado de Alemanha, Canadá, China, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia. A mudança de classificação dos países é decidida pela União Matemática Internacional (IMU, na sigla em inglês) após recomendação do Comitê Executivo. São analisadas informações como o número e a qualidade de programas de pós-graduação e sua distribuição territorial, o total de publicações científicas divulgadas em meios importantes e os nomes de destaque na área.
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De 1ª a 9 de agosto a cidade do Rio de Janeiro foi sede da 28ª edição do Congresso Internacional de Matemáticos (ICM 2018). Organizado pelo IMPA, o primeiro ICM realizado no hemisfério Sul e, consequentemente, na América Latina, teve como destaque a entrega da Medalha Fields para os matemáticos Caucher Birkar, da Universidade de Cambridge, Alessio Figalli, ETH Zürich, Peter Scholze, da Universidade de Bonn e do Instituto Max Planck de Matemática, e Akshay Venkatesh, da Universidade de Stanford e do Instituto de Estudos Avançados (IAS). Prêmio mais prestigioso da Matemática, a Medalha Fields é entregue de quatro em quatro anos a matemáticos de até 40 anos. O evento foi destaque na imprensa mundial. No mesmo palco nobre do ICM foram premiados 575 adolescentes medalhistas de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
3 – WM2 e Programa Meninas Olímpicas
Em julho de 2018, o Rio de Janeiro também foi sede do Encontro Mundial de Mulheres em Matemática (WM2). Evento-satélite do ICM, reuniu matemáticas do mundo inteiro para refletir e discutir questões de gênero na área, seus desafios, iniciativas e perspectivas para o futuro, com a atenção especial para a América Latina. Antes de o ano terminar, o IMPA lançou o Programa Meninas Olímpicas, que visa promover a efetiva presença de meninas em atividades ligadas à Matemática, inclusive nas olimpíadas escolares, para que elas possam se interessar e desenvolver carreiras no âmbito científico e tecnológico.
Em setembro, o IMPA anunciou ampliação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Com a parceria das secretarias estaduais e municipais de educação, alunos dos 4ª e 5ª anos do Ensino Fundamental podem participar da competição denominada OBMEP-Nível A. Logo na primeira edição contou com a participação de 1,5 milhão de alunos de 20 mil escolas públicas de todo o Brasil.
5 – Medalha em olimpíada abre as portas para universidade
Após a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) destinar 90 vagas para alunos medalhistas de olimpíadas de conhecimento, como a OBMEP, a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) também estudam adotar a mesma medida. O objetivo é atrair os melhores estudantes do país.
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