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08/11/2023

Na Folha, Viana conta a história de Visconde do Rio Branco

José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco – Reprodução Wikipédia

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo

O filho foi barão e, como patrono da diplomacia brasileira, é uma das figuras mais famosas da nossa história. Já o pai, apesar de ter chegado a visconde e prestado serviços ainda mais ilustres à nação, é hoje um desconhecido do grande público.

Político de sucesso, o Visconde do Rio Branco desempenhou diversas funções no Exército e na administração, culminando com a presidência do conselho de ministros, que ocupou de 1871 a 1875. Esse foi um dos governos mais longevos do Segundo Império, distinguido também pela promulgação da Lei do Ventre Livre. Mas de profissão o Visconde era mesmo… professor de matemática!

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José Maria da Silva Paranhos (1819–1880), Visconde do Rio Branco, nasceu em Salvador (BA). Seu pai, um rico comerciante e proprietário português, permaneceu do lado de Portugal na época da Independência, o que o levou à ruína econômica.

Aos 16 anos, o jovem Paranhos foi estudar no Rio de Janeiro: ingressou na Academia da Marinha, mas logo mudou para a Escola Militar (EM), principal instituição de ensino superior do país, a única que oferecia formação avançada em matemática. Para se sustentar, deu aulas particulares, durante nove anos, até se formar como engenheiro militar, em 1845. No ano seguinte, tornou-se doutor em ciências matemáticas, sendo essa a primeira ocasião em que a EM concedeu títulos de doutor.

Em 1848, vice-governador do Rio de Janeiro em exercício interino do governo da província, fez aprovar um projeto que reestruturava o ensino primário e criava o ensino médio, em alternativa ao ensino secundário tradicional, que visava apenas a preparação para ingresso no ensino superior. Teria ampliado o acesso à educação a classes menos favorecidas, mas requeria recursos para a construção de escolas e a formação e contratação de professores, que não se materializaram. Ficou no papel.

Em 1858, a EM foi desmembrada em duas instituições, das quais a Escola Central aceitava também alunos não militares. Sob a influência do Visconde, em 1874, a Escola Central migrou para a esfera estritamente civil, dando origem à Escola Politécnica, a mais antiga escola de engenharia das Américas e uma das primeiras no mundo.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal.

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