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24/03/2022

Para Mulheres na Ciência chega à 17ª edição no Brasil

Vencedoras do Para Mulheres na Ciência 2018. Entre elas, a pesquisadora do IMPA Luna Lomonaco/ Divulgação

Com o objetivo de estimular e reconhecer a participação feminina na ciência, o programa Para Mulheres na Ciência chega à sua 17ª edição no Brasil, e está com inscrições abertas até 9 de maio. A iniciativa vai selecionar sete jovens pesquisadoras das áreas de matemática, ciências da vida, ciências físicas e ciências químicas para uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil cada. Realizada pela L’Oréal em parceria com a Unesco no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a 17ª edição do programa terá um roadshow virtual que vai apresentar a iniciativa às principais universidades públicas e estaduais do país. 

Para participar, é necessário ter concluído o doutorado a partir de 1º de janeiro de 2014, ter residência estável no Brasil, desenvolver projetos de pesquisa em instituições nacionais, entre outros requisitos. Para mulheres que têm um filho, o prazo se estende por mais um ano e, para quem tem dois ou mais filhos, o prazo adicional será de dois anos. O regulamento completo e mais informações sobre o programa estão disponíveis neste link.  

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Os principais critérios para avaliação das candidatas são a qualidade científica e impacto de suas pesquisas atuais e prévias, sua produtividade e a potencialidade de sucesso de seus projetos. 

“Mais que nunca, a ciência teve um papel-chave na solução dos grandes desafios do mundo. E as mulheres estão em evidência nesse momento. Elas têm se destacado cada vez mais nas diferentes áreas da ciência, mas ainda há um longo caminho a percorrer. O programa Para Mulheres na Ciência há 17 anos incentiva e empodera jovens e talentosas pesquisadoras brasileiras, reforçando nossa crença de que o mundo precisa de ciência, e a ciência precisa de mulheres!”, diz Patrick Sabatier, diretor de Relações Institucionais, Engajamento & Sustentabilidade na L’Oréal Brasil.

Desde que foi criada, há 17 anos, a premiação já contemplou 110 cientistas brasileiras e distribuiu mais de R$ 4,7 milhões em bolsas-auxílio. Pesquisadora do IMPA, a italiana Luna Lomonaco foi uma das sete cientistas agraciadas pela edição de 2018 do programa. Em sua pesquisa, Luna estuda um dos fractais mais conhecidos, intitulado Conjunto de Mandelbrot, e suas cópias dentro e fora do objeto geométrico. 

Já na edição de 2020, a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) María Amelia Salazar, que esteve no IMPA para um pós-doutorado entre 2014 e 2017, foi a vencedora na categoria “Ciências Matemáticas”, com um trabalho sobre estruturas geométricas abstratas e complexas. Na pesquisa, a colombiana se dedica a uma área da matemática relativamente nova: os grupóides e algebróides de Lie.

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