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03/11/2022

Folha: Viana apresenta o pesquisador Persi Diaconis

 

O pesquisador Persi Diaconis, da Universidade de Stanford, interrompeu a sua apresentação no evento em comemoração ao 70º aniversário do Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), na semana retrasada, com uma pergunta que raramente se escuta numa conferência de pesquisa: “Quem se importa com isto?”

Diaconis é um personagem singular no mundo da matemática, com uma trajetória pessoal e profissional inusitada. Eu o encontrei pela primeira vez em 1998, quando ambos proferimos palestras plenárias no Congresso Internacional de Matemáticos de Berlim.

Voltamos a nos encontrar pessoalmente 15 anos depois, quando ele fez uma palestra de popularização sobre a matemática das coincidências no 1º Congresso de Matemática das Américas, que ajudei a organizar na cidade mexicana de Guanajuato.

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Nascido em 1945, aos 14 anos de idade Diaconis saiu de casa para viajar com o mágico e prestidigitador Dai Vernon, ao lado de quem se apresentou em shows circenses. Na ocasião, abandonou a escola, claro. Mas regressou dez anos depois, determinado a aprender a matemática por trás dos truques de cartas que descobrira em suas andanças.

Hoje é uma liderança quase lendária no mundo da pesquisa em estatística, além de continuar sendo um exímio prestidigitador.

Em alguns de seus trabalhos mais famosos, publicados nos anos 1990, Diaconis provou diversas regras matemáticas rigorosas sobre embaralhamento, e o que é preciso fazer para que a ordem das cartas possa ser considerada genuinamente aleatória.

“Tenho certeza de que a regra de que basta embaralhar sete vezes vai estar escrita na minha sepultura!”, comentou em tom de brincadeira numa conversa. Esse foi precisamente o tema da palestra dele no Impa, aliás. E ele mesmo respondeu à própria pergunta sobre quem se importa com isso.

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