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26/02/2024

Folha mostra impacto da OBMEP na vida dos alunos

Exemplos de vidas transformadas pela OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemáticas das Escolas Públicas) foram destaque de reportagem no jornal Folha de S.Paulo, publicada no sábado (24) no on-line e num caderno especial no domingo (25).  

Com o título Olimpíadas de matemática ajudam alunos a chegarem à universidade”, matéria conta a história de Natália Lopes, 21 anos, graduanda de matemática da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR). A conquistas na OBMEP ajudaram Natália a realizar o sonho de entrar na faculdade e no mestrado na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

 

Outro exemplo apresentado é de Sandoel Vieira, professor de matemática pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Com cinco medalhas na OBMEP, ele saiu de Cocal dos Alves no interior do Piauí para se tornar doutor pelo IMPA.

As histórias de Sandoel e Natália se cruzam em Cocal dos Alves. Essa cidade, de apenas 5 mil habitantes, é um exemplo de sucesso da OBMEP. Desde a primeira edição, em 2005, o professor Antônio do Amaral estimulou a participação de alunos, como Sandoel. 

 “A gente estudava na varanda da casa do professor Amaral, no tempo livre. Ele deixava tudo divertido e, mais importante, acreditou na gente quando nem mesmo a gente acreditava”, disse Sandoel.

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A atuação do professor Amaral foi essencial para que Cocal dos Alves se transformasse nesse polo de medalhistas, e os impactos da atuação dele foram muito além da OBMEP. Segundo a reportagem, o município teve 330 de nota média no Saeb de 2021 (Sistema de Avaliação da Educação Básica) no Ensino Médio. A média do Brasil é de 287, numa escala que vai até 500.

A matéria conta ainda a trajetória de Eduardo Alves da Silva, de 30 anos, que participou da primeira edição da OBMEP, em 2005, mas só em 2008 ganhou sua primeira medalha de prata, conquistando o bronze nos dois anos seguintes. 

“Procurava sempre livros didáticos de séries mais avançadas. Participar da Olimpíada foi um desafio para mim, mas eu nem sabia o potencial que teria”, disse Eduardo que hoje faz pós-doutorado em matemática na França.

A reportagem entrevistou o coordenador-geral da OBMEP e pesquisador do IMPA, Claudio Landim, que destacou que a Olimpíada foca em raciocínio lógico. 

“Para ir bem na prova, é preciso ter criatividade, imaginação e capacidade de raciocínio. As questões são pensadas para detectar talentos mesmo onde o ensino não é bom. Depois, ajudamos a formar esse talento, para que tenha impacto na sociedade.”

A matéria foi publicada no caderno especial “Seminário Folha”, que traz reportagens sobre a contribuição da matemática para a economia. Os temas foram debatidos em evento organizado pelo jornal com o Itaú Social, em 20 de fevereiro, e que contou com a participação do diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana.  

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Confira aqui a reportagem.