Projeto sustentável

O projeto do novo campus foi integralmente concebido para colaborar com a solução de problemas ambientais, da escolha de materiais mais leves e de baixo impacto construtivo ao uso racional de água e à gestão de eficiência energética. Haverá reaproveitamento de águas da chuva; instalação de reservatórios de retardo de águas pluviais; placas fotovoltaicas; e emprego de cobertura verde, que promove isolamento térmico, diminui o uso de ar-condicionado e conserva a temperatura.

O sistema estrutural metálico reduzirá o impacto construtivo no meio ambiente, gerando menor volume de resíduos. Suspensa e com área de apoio no solo reduzida, a disposição arquitetônica das edificações permitirá o desenvolvimento livre da flora e a circulação da fauna. A estrutura em blocos pré-fabricados permitirá a redução do tempo de obra.

Captação e reuso de águas pluviais

A drenagem das águas pluviais consiste em um robusto sistema de captação e condução controlada para a rede pública, além de reuso das águas provenientes das coberturas das edificações conforme legislação ambiental.

O sistema de captação contempla uma bacia de retenção das águas em um local já existente que, com a construção de muros estruturados e vertedouro, formará um lago com capacidade de acúmulo de 500 mil litros de água. Esse local é naturalmente o ponto de encontro das águas advindas da bacia contida no Morro Sete Quedas.

Em complemento à bacia de retenção, o sistema terá um reservatório enterrado na parte inferior do terreno para captar as águas das coberturas das edificações. Além de controlar o deságue das águas, este reservatório manterá uma lâmina permanente para reuso em todo o novo campus.

Sistemas de canaletas e escadas hidráulicas formarão um cinturão de proteção no entorno das residências vizinhas ao terreno.

A rede pública de drenagem também será contemplada no projeto, sendo redimensionada para suportar os recentes volumes de chuva registrados, com deságue no Rio dos Macacos dentro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em ponto abaixo de todas as residências ali existentes. A rede atenderá à demanda do projeto, da Rua Barão de Oliveira Castro, além de trecho da Rua Pacheco Leão.

Localização

A escolha da localização das edificações na inflexão do vale existente no terreno, área de menor declividade de toda a propriedade, permitirá uma menor adequação do relevo em cortes e aterros.

Construídas sobre pilotis e no sentido transversal à rua, as edificações com três pavimentos acima da superfície serão implantadas de forma escalonada em relação ao terreno, criando fachadas que se movimentam em vários níveis, mantendo fluxo para fauna local.

Utilizando uma metodologia construtiva com menor potencial de geração de resíduos de construção civil, as edificações serão erguidas em estruturas metálicas, com fechamentos em placas cimentícias e acabamentos mais leves.

As coberturas das edificações serão intercaladas entre placas fotovoltaicas e jardins nas partes mais altas, de modo que a vista aérea das edificações se confunda com a mata ao redor.

Os jardins de cobertura também fazem parte do estudo de conforto térmico para o interior das edificações, permitindo redução da necessidade de climatização artificial e, consequentemente, do consumo de energia elétrica.


Energia Solar

O sistema fotovoltaico projetado para a edificação consiste em painéis de captação da luz solar e inversores para conversão em energia elétrica. Por estar conectado à rede elétrica, o sistema dispensa o uso de baterias com materiais pesados, pois a própria rede compensará a intermitência da geração. A capacidade projetada de geração de energia elétrica mensal é de 26.308,3 kWh.

 

Compensação ambiental

Como compensação ambiental, o IMPA plantou 5.529 mudas de Mata Atlântica selecionadas conforme o projeto  aprovado pelo órgão licenciador, utilizando técnicas para a substituição de espécies exóticas e invasoras por espécies nativas.