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31/03/2022

No Blog Ciência & Matemática, a insônia e o sono bifásico

Crédito: Pxhere

Artigo publicado pelo diretor-adjunto do IMPA, Claudio Landim no blog Ciência e Matemática do jornal O Globo.

Insônia e sono bifásico

Se você, como eu, tem insônias frequentes, console-se, acordar no meio da noite fazia parte da rotina humana até a revolução industrial.

O padrão do sono dos humanos difere bastante daquele observado em outros animais. Os chipanzés ou babuínos, por exemplo, ficam acordados 17% do tempo dedicado ao sono, enquanto os humanos, como sabemos, costumam dormir ininterruptamente.

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Há trinta anos atrás, o psiquiatra americano Thomas Wehr quis compreender esta peculiaridade e formulou a hipótese de que havia uma relação entre o padrão do sono e as horas de exposição à luz. De fato, com a disseminação da iluminação artificial, a partir do final do século XIX, os humanos foram expostos a fotoperíodos de 16 horas.

Para testar sua hipótese, Thomas Wehr concebeu o seguinte experimento. Sete indivíduos foram submetidos a fotoperíodos de 10 horas durante quatro semanas. Durante 10 horas do dia os voluntários podiam circular livremente ao ar livre ou em ambientes iluminados e nas 14 horas restantes ficavam confinados em uma sala totalmente escura. Não eram permitidos cochilos no período diurno, nem atividades, como ouvir música ou praticar exercícios, na sala escura. Ao contrário, os participantes eram nela estimulados a descansar e dormir.

Ao cabo de uma semana o padrão de sono dos voluntários tornou-se bifásico. Dois períodos de sono eram intercalados por um intervalo de vigília de aproximadamente duas horas de duração, padrão similar ao observado em outras espécies.  

Leia o artigo completo no blog Ciência e Matemática

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