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03/07/2020

Estudo prevê 160 mil óbitos por Covid-19 no Brasil até outubro

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

Reprodução do blog do IMPA Ciência & Matemática, de O Globo, coordenado por Claudio Landim

Um colega me dizia, durante uma crise conjugal, que matemática é simples, difícil é viver. O comentário retrata bem o cenário atual. Se começamos a compreender a dinâmica do covid, as razões do abrandamento das medidas de distanciamento social permanecem inescrutáveis.

Os gráficos e as tabelas do número de óbitos pelo covid 19 nas cidades e nos estados do país se interpretam sem dificuldade. Abaixo, o número diário e a média, em períodos de sete dias, de óbitos pelo covid no Brasil de 15 de fevereiro a 30 de junho [1].

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Caminhamos, lentamente, a uma decimação, quase literal, da população brasileira. Segunda a projeção do Instituto de Métricas e Avaliações da Saúde (IHME) da Universidade de Washington, em outubro, mais de 160 mil brasileiros terão falecido pelo covid [2], quase 0,1% da população.

O Brasil já está entre os estados mais atingidos pelo vírus. Se excluirmos da tabela nações com poucos habitantes, como San Marino, Andorra ou Sint Marteen, o Brasil encontra-se na décima-segunda posição na lista de países com maior número de óbitos por milhão de habitantes, como ilustrado na tabela abaixo [1].O número de novos infectados no Brasil continua a crescer. O de óbitos parece ter se estabilizado no país [2], assim como no município e no estado do Rio [3, 4]. Difícil entender, nesse contexto, a flexibilização das medidas de distanciamento social. Essas providências foram impostas em meados de março quando a média do número de óbitos diários era inferior a cinco no estado. Como justificar sua atenuação quando a média do número de óbitos na cidade está acima de 20?

O vírus circula na cidade e vai se multiplicar com maior virulência nas próximas semanas.

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