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29/06/2020

Matemáticos encontram fórmula para café expresso perfeito

Foto: Pixabay

Que a matemática tem descobertas incríveis, com grandes contribuições para a humanidade, não é novidade para ninguém. Mas esta a seguir veio especialmente para melhorar a vida daqueles que consideram crucial beber uma boa xícara de café antes de começar uma segunda-feira de trabalho ou estudos. Um grupo de cientistas descobriu a fórmula para o expresso perfeito. Para obter uma bebida mais consistente e padrão, o segredo é moer menos grãos de café, em uma moagem mais grossa.

Publicado em janeiro na revista Matter, o estudo tinha como objetivo investigar qual é a melhor maneira de maximizar o rendimento da menor quantidade possível de café. O pontapé inicial para a pesquisa foi a percepção de que, às vezes, duas doses de expresso preparadas aparentemente da mesma forma, usando o mesmo café moído, podem ter sabores diferentes. 

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O matemático da Universidade de Portsmouth (Reino Unido) Jamie Foster e outros pesquisadores criaram um modelo matemático dos processos que ocorrem no coador da máquina de café expresso à medida que a água é forçada a passar pelos grãos. Ao aplicar testes em uma máquina de café real, a equipe descobriu que, em moagens muito finas, como geralmente é feito por baristas, as partículas podem ficar tão pequenas que acabam entupindo o coador, dificultando a entrada da água. Por isso, duas doses podem ter sabores diferentes.

“A chave para tornar a dose reproduzível é que as partículas do grão de café sejam grandes o suficiente para que o fluxo seja uniforme e previsível, mas também o menor possível para maximizar a área da superfície (em contato com a água)”, disse Foster. Além de aprimorar o sabor da bebida, a técnica reduz o custo de produção e evita desperdício.

Uma pequena cafeteria em Oregon, nos Estados Unidos, aderiu à fórmula por um ano e economizou US$ 0,13 (R$ 0,56) por bebida, resultando em uma economia anual de US$ 3.620 (R$ 15.783,2‬0). O estabelecimento continua usando o método. “Se todos fizessem isso, seria possível economizar bilhões de dólares nas indústrias”, afirma Foster. Vamos experimentar?

Fonte: The Guardian e UOL

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