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17/10/2018

Coluna na Folha: Professor, escultor de almas e destinos

 

Reprodução da coluna de Marcelo Viana, na Folha de S.Paulo

Meses atrás, pedi aos leitores que me enviassem histórias de seus professores de matemática e de como eles influenciaram suas vidas. Recebi relatos emocionantes, plenos de admiração e apreço pelo conhecimento e orientação – e também um ou outro que revelam a falta que faz um bom mestre. Partilho alguns desses relatos na semana em que celebramos o Dia do Professor.

Cesar fez direito na USP. No ensino médio, em Barra Bonita (SP), conheceu o professor de matemática que marcou sua vida: Adevaldo Colonize. De origem humilde, dedicara sua vida ao sonho de lecionar. “Era uma pessoa elétrica, contagiava todos os alunos da sala.

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Durante as aulas de matemática, ele criava caráter”, conta. Morto em 2017, Adevaldo permanece vivo no pupilo. “Meu destino mudou, passei a acreditar em fazer uma grande universidade. E o que veio depois foi devido ao seu incentivo, ao seu exemplo”, afirma Cesar.

Já a profissional de comunicação Maria (nome trocado a pedido) contou uma história bem diferente. Foi boa aluna em matemática até concluir o ensino fundamental. Mas, no ensino médio, teve um professor que “era muito gente boa, mas tinha sérios problemas de didática”. No lugar de questioná-lo, foi “levando, porque achava que não ia precisar disso mesmo”.

Como consequência, desenvolveu ansiedade à matemática: não consegue lidar com números e outros conceitos da matemática e da lógica – e algumas colegas suas relatam as mesmas dificuldades. Ao contrário do que imaginava, hoje sente muita falta desses conhecimentos em sua profissão.

Perguntou se, aos 50 anos de idade, ainda é possível recuperar o que perdeu. Recomendei a Academia Khan, plataforma gratuita na internet que apresenta a matemática a crianças e adultos em formatos acessíveis e instigantes. Ficou encantada!

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