Navegar

24/08/2023

Relembre vencedores do Prêmio IMPA em ‘Divulgação Científica’

O grande mistério do buraco negro, transplante cardíaco, escavação de tumbas milenares, cientistas da Amazônia parecem ter pouco em comum, mas foram alguns dos temas de reportagens que conquistaram o 1º lugar na categoria “Divulgação Científica” do Prêmio IMPA de Jornalismo. Ao longo das cinco edições, 28 matérias foram ganhadoras em primeiro, segundo, terceiro lugar ou receberam menção honrosa na categoria. 

Na 5ª edição, a série  As cientistas da Amazônia”, de Nádia Pontes, da Deutsche Welle, foi a primeira colocada na categoria Divulgação Científica. A série em vídeos aborda em três episódios o trabalho de pesquisadoras mulheres que dedicam a vida profissional a estudar a Floresta Amazônica. Na época, o trabalho foi unanimidade entre os jurados. 

 

Leia mais: Folha: Viana conta a história da astrônoma Sophia Brahe
MCA está com inscrições abertas para sessões especiais
Medalhista da OBMEP usa bolsa do PIC para investir nos estudos

Em 2021, na 4ª edição, a matéria  “Espaço: Terra de ninguém”, de Marília Marasciulo em parceria com Luiza Monteiro, Flávia Hashimoto e Leandro Lassmar, da Revista Galileu, foi a campeã.  O trabalho apresentou a nova era da corrida espacial, com investimentos de empresários bilionários no ramo, e detalha porque questões como exploração de recursos e sustentabilidade no espaço são debates necessários. Marília Marasciulo já conquistou prêmios em outras edições. Em 2019 e 2020, ela ficou em  terceiro lugar na categoria com as matérias “Lugar de mulher é na ciência” e “A ciência da vida eterna”, ambas da Revista Galileu.

Em 2020, um dos assuntos que mais geram mistérios na ciência foi o tema da reportagem que conquistou a posição mais alta da categoria. A matéria “A primeira imagem de um buraco negro”, do programa Sem Fronteiras, da GloboNews, apresentado pelo correspondente internacional Jorge Pontual destacou o primeiro registro, divulgado em 2019, da região no espaço que tem o campo gravitacional tão intenso a ponto de atrair para seu interior tudo aquilo que a rodeia. 

Na reportagem especial, Pontual entrevista uma série de especialistas envolvidos nesta grande força-tarefa científica. Tentar registrar um buraco negro foi uma ideia que surgiu no início dos anos 90, quando o astrônomo  Sheperd Doeleman decidiu que faria a primeira imagem. A equipe chefiada pelo especialista alcançou o feito mais de 25 anos depois e, para divulgar a imagem, levaram 10 meses. “Grupos de trabalho espalhados pela Europa, Ásia, África, Europa e América do Sul e do Norte guardaram segredo por esse tempo todo para fazer todos os testes e garantir que a imagem era mesmo real”, explicou o jornalista.

Já em 2019, na segunda edição do prêmio, a repórter Júlia Marques, do Estadão, conquistou o primeiro lugar com a reportagem “Primeira missão brasileira no Egito prepara escavação de tumba milenar”. A matéria conta sobre o trabalho realizado pelo pesquisador José Roberto Pellini, da Universidade Federal de Minas Gerais, que comandou um grupo para explorar uma estrutura construída 1,5 mil anos antes de Cristo no sul do Egito. Além disso, o trabalho destaca o contato da ciência brasileira com a produção internacional. 

Na primeira edição, em 2018, Gabriel Alves, repórter da “Folha de S.Paulo”, foi o vencedor da categoria “Divulgação Científica”, com o texto “Há 50 anos o Brasil fazia seu primeiro transplante cardíaco. O trabalho conta, após anos, a repercussão e um pouco da história de João Boiadeiro, o primeiro a realizar um transplante de coração no Brasil e na América Latina. A reportagem também entrevistou o médico Euclydes Marques, que realizou o procedimento. 

Inscrições para o 6º Prêmio IMPA de Jornalismo

A 6ª edição do Prêmio IMPA está com as inscrições abertas e irá conceder R$36 mil aos três primeiros colocados nas duas categorias em disputa, “Matemática” e “Divulgação Científica”. As inscrições ficarão abertas até 30 de agosto. 

O regulamento deste ano prevê que cada jornalista poderá inscrever no máximo três reportagens ou séries. Diferentemente da última edição, os vencedores da 5ª edição (2022) poderão participar do concurso  deste ano. Os principais critérios de julgamento são: relevância jornalística do tema, originalidade, profundidade, clareza e qualidade da execução da matéria. Clique aqui para acessar o regulamento.

As premiações são idênticas nas duas categorias: R$10 mil para o 1º colocado, R$5 mil para o 2º e R$3 mil para o 3º lugar. Ainda serão concedidas duas menções honrosas em cada categoria. Os três primeiros colocados são convidados a participar de webinários sobre os temas das reportagens premiadas nas redes do IMPA. Veja aqui as transmissões dos anos anteriores.

Podem concorrer ao prêmio jornalistas com reportagens publicadas ou exibidas entre 1º de outubro de 2022 e 30 de agosto de 2023. São aceitas matérias de todos os meios de comunicação – jornal, revista, blog, televisão, rádio ou outro. 

Na categoria “Matemática”, é possível inscrever matérias que abordam pesquisas, ensino da disciplina, além do uso da matemática no desenvolvimento de novas tecnologias, como inteligência artificial e aprendizado de máquina. Já as reportagens para a categoria “Divulgação Científica” podem abordar avanços científicos e tecnológicos de todas as áreas do conhecimento.

Leia também:  IMPA está com duas vagas abertas para pesquisadores
Evento de Geometria Simplética reúne brasileiros e estrangeiros