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21/11/2022

Para Mulheres na Ciência: ABC premia cientista da Ufscar

A cientista de dados Daiane Aparecida Zuanetti, professora da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), foi a vencedora na categoria Matemática da 17ª edição do programa Para Mulheres na Ciência, iniciativa promovida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em parceria com a L’Oréal e a Unesco. 

O objetivo é  promover e reconhecer a participação feminina na ciência, incentivando a paridade de gênero. Para permitir o prosseguimento de seus estudos, a cientista foi contemplada com uma bolsa de R$ 50 mil – mesmo valor recebido pelas outras seis vencedoras. 

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O projeto desenvolvido por Zuanetti busca propor métodos estatísticos eficazes e eficientes para descrever tendências e fazer previsões a partir de dados genéticos, analisando sequências de RNA encontradas em células únicas, isto é, analisadas individualmente, e não em massa. 

A previsão é de que as novas metodologias computacionais sejam divulgadas publicamente, para permitir o acesso à comunidade científica. A ideia é de que as inovações sejam aplicadas não apenas na área da saúde humana, mas também em pesquisas sobre saúde animal e melhoramento genético de plantas para a agricultura.

A cerimônia de entrega do prêmio será realizada na sede da L’Oréal, no Rio de Janeiro, no dia 30 de novembro. Ao longo de suas 17 edições, a iniciativa reconheceu a relevância do trabalho de 117 cientistas brasileiras, com a distribuição de mais de R$ 4,7 milhões em bolsas. 

Além de Matemática, o programa Para Mulheres na Ciência selecionou quatro vencedoras na área de Ciências da Vida: a pesquisadora da Universidade de Pernambuco, Patrícia Takako Endo;  a farmacêutica-bioquímica Tathiane Malta, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo,  a farmacêutica Gisely Cardoso de Melo, pesquisadora da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (AM); e a bióloga Grazielle Sales Teodoro, pesquisadora da Universidade Federal do Pará. 

Na área de Ciências Químicas, a vencedora foi a química Giovana Anceski Bataglion; enquanto na de Ciências Físicas, a premiada foi Fernanda Selingardi Matias, pesquisadora da Universidade Federal de Alagoas.

Os principais critérios para avaliação das candidatas foram qualidade científica e impacto das pesquisas atuais e prévias, produtividade e a potencialidade de sucesso dos projetos. 

O diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana, foi um dos integrantes do júri, composto por pesquisadores indicados pela ABC, um representante da Unesco e um representante da L’Oréal. O júri é presidido pela diretora da ABC, Helena Nader. 

Na edição de 2018, a italiana Luna Lomonaco, pesquisadora do IMPA, foi uma das sete premiadas. Em 2020, a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) María Amelia Salazar, que fez doutorado no IMPA entre 2014 e 2017, foi a vencedora na categoria Matemática.

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