Navegar

24/09/2021

“O Matemático” e a invenção da bomba de hidrogênio

Crédito: Reprodução

Até onde vai a paixão de um pesquisador pela matemática e como suas descobertas podem alterar o futuro da humanidade para sempre? Com uma carreira brilhante, um matemático judeu polonês se vê cercado de dilemas ao começar a trabalhar em um projeto do governo dos Estados Unidos para desenvolver a primeira bomba de hidrogênio, enquanto o mundo vivia os horrores da Segunda Guerra Mundial e as incertezas da Guerra Fria.

A história verídica de Stan Ulam é contada no filme “O Matemático”, em cartaz desde o início do mês em cinemas do Brasil. O drama mostra a trajetória do professor e pesquisador, que se mudou para os Estados Unidos na década de 1930, deixando para trás a família, vítima do Holocausto. 

Leia mais: A um clique: A matemática que revolucionou a fotografia
Tese “Deformações Métricas” vence Prêmio Gutierrez
Veja Rio elege Artur Avila personalidade do Rio em Ciência

No novo país, ele foi convidado a participar de um programa ultrassecreto de pesquisa e desenvolvimento que produziu as primeiras bombas atômicas durante a Segunda Guerra. O Projeto Manhattan, liderado pelos Estados Unidos com o apoio do Reino Unido e do Canadá, teve investimento de US$ 1,85 bilhão e chegou a empregar 100 mil trabalhadores simultaneamente. 

Ulam integrou a iniciativa e, junto do físico Edward Teller, ajudou na criação da bomba de hidrogênio, já durante a Guerra Fria. Os dois pesquisadores resolveram um dos maiores problemas de desenvolvimento encontrados pelos cientistas: como iniciar a fusão da bomba. Todo esse processo foi cercado de dúvidas para o matemático. Afinal, criar uma arma tão poderosa ajudaria a salvar vidas ou causaria ainda mais mortes?

Durante o período em Los Alamos, no estado norte-americano do Novo México, onde estava localizado um dos laboratórios do Projeto Manhattan, Ulam desenvolveu o “método de Monte Carlo”, capaz de gerar resultados numéricos para problemas muito difíceis de serem resolvidos. A fórmula é capaz de encontrar respostas usando métodos estatísticos que se baseiam em amostragens aleatórias massivas. A descoberta é utilizada até hoje em ciência da computação e deu origem à era digital.

Confira o trailer:

Leia também: Livro premiado sobre Álgebra Geométrica é tema de palestra
Na Folha: Porta dos Fundos, Descartes e o x da questão