Veja Rio elege Artur Avila personalidade do Rio em Ciência
O pesquisador extraordinário do IMPA e vencedor da Medalha Fields em 2014, Artur Avila, foi escolhido pela revista Veja Rio como uma das 30 personalidades que fizeram história no Rio de Janeiro, para celebrar os 30 anos da revista. Aos 16 anos, ele conquistou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO) e começou a frequentar disciplinas do programa de mestrado do IMPA, onde é pesquisador extraordinário.
A revista destacou que o matemático de 42 anos foi o primeiro brasileiro a conquistar, em 2014, a Medalha Fields, considerada a mais importante da área. Além disso, a publicação ressaltou a importância do IMPA na formação do pesquisador. Ele divide espaço na lista com nomes proeminentes de diversos campos, como arquitetura, ciência, negócios, humor, gastronomia, meio ambiente e cultura.
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Artur se formou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aos 22 anos e, no fim do período letivo, defendeu sua tese de doutorado. Em seguida, mudou-se para Paris, onde realizou suas pesquisas para pós-doutorado no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS).
Leia a reportagem sobre o pesquisador:
Ciência – Artur Avila
Ele foi o primeiro brasileiro a gravar seu nome entre os pesos-pesados da matemática ao conquistar a Medalha Fields, prêmio que equivale em prestígio a um Nobel. A honraria, que lhe foi concedida em 2014, quando tinha 35 anos, não apenas alçou o carioca Artur Avila ao panteão dos melhores do planeta, como enfatizou para o mundo a excelência do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o Impa, baseado no Rio, onde ele se projetou. Ao ser pinçado em meio a outros geniozinhos dos cálculos, Avila também ajudou a despertar o interesse pela disciplina normalmente tão temida por crianças e jovens.
Depois da medalha, ele chegou a rodar várias escolas Brasil afora, onde lhe pediam fotos e autógrafos, como costuma acontecer com artistas e atletas. Pois o esporte de Artur é outro. “A escola acaba ensinando descobertas de muitos séculos atrás, quando a matemática é uma área viva, que evolui o tempo todo”, diz o pesquisador, hoje com 42 anos.
Avila já gostava dos números no colégio, mas lhe faltava a percepção de que a matéria poderia se tornar uma opção de carreira, como a economia. “A participação nas olimpíadas da área me levou a conhecer o Impa e a desbravar esse mundo”, recorda Avila, que ainda no ensino médio concluiu o mestrado no Instituto e, aos 21, finalizou o doutorado, enquanto ainda cursava a graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro, para obter o obrigatório diploma.
Acabou decidindo se aprofundar em uma especialidade de alta complexidade: sistemas dinâmicos, que, em linguagem leiga e ligeira, busca descobrir padrões em fenômenos, à primeira vista, completamente fortuitos, encontrando ordem no caos. Avila está aí para provar que, ao menos na matemática, nada é aleatório.
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