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16/11/2022

Na Folha, Viana fala sobre teorema de Persi Diaconis

 

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo

No início do século, a indústria bilionária do jogo contratou Persi Diaconis, da Universidade Stanford, para validar a nova máquina embaralhadora que iriam usar em seus cassinos. Ao contrário dos apostadores, Las Vegas não gosta de perder dinheiro…

Ao começar qualquer partida, presume-se que a ordem das cartas seja conhecida, ou porque o baralho é novo, e as cartas estão na ordem de fábrica, ou porque ele foi usado antes, e os participantes podem lembrar. O objetivo do embaralhamento é misturar as cartas de modo a destruir toda a informação que possa ser útil para os jogadores.

O método mais usual consiste em cortar o baralho em duas partes mais ou menos iguais, e, em seguida, intercalar as cartas de uma e outra de modo tão aleatório quanto possível. Quando as duas partes são exatamente iguais, e as suas cartas são intercaladas em alternância exata, tem-se um “embaralhamento perfeito”. Pouquíssimas pessoas no mundo conseguem fazer isso: Diaconis é uma delas. 

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Apesar do nome, o embaralhamento perfeito é muito ruim: se fizermos oito embaralhamentos perfeitos seguidos, como por magia as cartas voltam exatamente à ordem inicial! Por quê? (respostas são bem-vindas para viana.folhasp@gmail.com)