Navegar

23/06/2021

Marcelo Viana na Folha: uma descoberta pop da ciência

Crédito: Pixabay

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S.Paulo

Este ano, me dei de presente de aniversário o livro “A Matemática da Tabela Periódica”. A tabela periódica dos elementos é uma das descobertas mais icônicas da ciência. Saiu dos laboratórios e é representada regularmente em objetos de arte pop: camisetas, xícaras, toalhas e até cortinas de banheiro. Como poderia não ficar intrigado pela matemática por trás desse “golpe de gênio de publicidade” da química?

O problema remonta à antiguidade. O grego Empédocles (aproximadamente 494 a.C.–434 a.C.) acreditava que toda substância é combinação de quatro “elementos”: terra, água, ar e fogo. Mais de dois milênios depois, Antoine Lavoisier (1743–1794) listou 33 elementos em seu “Tratado Elementar da Química”, publicado em 1789. No século seguinte, os químicos buscaram entendê-los e classificá-los.

Leia mais: João Paulo Lindquist fala sobre folheações holomorfas em tese
No Livro Histórias Inspiradoras da OBMEP: Victor Bicalho
Em artigo, Mendonça Filho defende novo campus do IMPA

John Dalton (1766–1844) defendeu que os elementos químicos são formados por partículas indivisíveis, que chamou átomos. As demais substâncias seriam formadas por moléculas, compostas por átomos de diferentes elementos.

Johann Döbereiner (1780–1849) identificou “tríades” de elementos com propriedades semelhantes, por exemplo, lítio, sódio e potássio. Auguste Kekulé (1829–1896) observou que o carbono tem valência quatro, ou seja, seus átomos se combinam com quatro átomos de hidrogênio. Elementos numa mesma tríade têm a mesma valência.

Alexandre-Émile de Chancourtois (1820–1886) foi o primeiro a apontar que quando os elementos são listados na ordem crescente do peso dos seus átomos suas propriedades químicas repetem-se periodicamente. Lothar Meyer (1830–1895) notou discrepâncias nessa lei, uma das quais buscou explicar prevendo a existência de um elemento desconhecido, com peso atômico 73, entre o silício e o estanho. Esse elemento foi identificado em laboratório mais de vinte anos depois e chamado germânio.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal

Leia também: 16ª OBMEP terá participação de mais de 13 mil presos de SP
PAPMEM está com inscrições abertas até 18 de julho