11/08/2022

Obra expressa complexidade e beleza da Faixa de Moebius

Escultor Valin Branco

Ao falar sobre o IMPA, logo vem à cabeça a famosa Faixa de Moebius. Além de ilustrar a logo do instituto, o objeto está representado em uma enorme escultura de bronze, localizada no 2º piso do edifício, em frente ao auditório Ricardo Mañé. O local é um dos mais fotografados do campus e se tornou ponto de encontro de estudantes e pesquisadores.

Mas o que muita gente não sabe é que o IMPA tem outra escultura representando a Faixa de Moebius. A bela peça de arte em madeira é formada por oito partes que se movem, tomando novas formas. A obra, que está exposta na diretoria, foi criada pelo artista mineiro Valin Branco.

Escultura na diretoria

“Eu gosto de escultura em madeira desde minha adolescência. Comecei fazendo esculturas figurativas, aos poucos passei para o surrealismo até chegar nas abstratas. Tive uma fase em que comecei a fazer variações da forma do infinito, e pessoas ligadas à psicanálise lacaniana me falaram da banda de möbius. Quando fui pesquisar, vi que a origem era matemática e que vários artistas haviam explorado esta forma”, diz ele.

Várias formas da escultura

A Faixa de Moebius é um tipo especial de superfície, que fascina matemáticos, artistas e engenheiros por ter um só lado, desafiando as leis da física. Ela foi criada pelo matemático e astrônomo alemão August Ferdinand Möbius, em 1858. A forma foi escolhida como logo do IMPA durante a gestão do ex-diretor Lindolpho de Carvalho Dias.

“Para mim, a Curva Moebius, como eu a chamo, significa a descoberta de um universo paralelo, onde eu posso aplicar sua superfície em qualquer forma, ampliando a possibilidade de criação. Eu entendo as variações da Curva de Moebius como o Multiverso, que são os cortes em sua superfície que viram elos. Para mim, ela é filosófica!”, afirma o escultor.

Informações sobre o trabalho e sobre as obras de Valin Branco estão disponíveis no site.