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06/07/2022

Em coluna na Folha, Marcelo Viana fala sobre papel da ciência

Exposição no Museu Ciência e Vida, em Duque de Caxias, na baixada fluminense, mostra história das primeiras mulheres cientistas do Brasil. Na foto, a bióloga Anna Lima (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo

Ao início dos anos 1950, no rescaldo do conflito mundial, o Brasil estava despertando para a importância da ciência para o progresso social e a soberania nacional. Sob a influência de lideranças com uma visão ousada de nação, ao mesmo tempo em que iniciava a fase crucial de sua industrialização, o país se lançou na construção de um sistema nacional de ciência e tecnologia, a partir da criação de nossas principais agências de pesquisa, o CNPq e a Capes.

Sete décadas depois, vivemos num país totalmente diferente. Estudo realizado recentemente pela multinacional 3M em países das Américas, Europa, Ásia e Oceania mostra que os brasileiros são os que mais acreditam na ciência: independentemente da classe social, idade, gênero e educação, 92% confiam na ciência e nos cientistas. Têm bons motivos para tal.

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Da criação da indústria brasileira de aeronáutica aos avanços notáveis na área da saúde, individual e pública. Do domínio da energia nuclear para fins pacíficos à revolução agrícola que fez do Brasil um dos grandes produtores mundiais de alimentos. Em sua busca incessante da verdade no mundo que nos rodeia, que Henri Poincaré dizia ser “o objetivo de toda a nossa atividade”, a ciência brasileira permitiu construir muito do que o Brasil possui de melhor hoje.

O ambiente propício à pesquisa científica e tecnológica também viabilizou um fenômeno quase singular no mundo em desenvolvimento, motivo de inveja de nossos vizinhos: a permanência no Brasil de nossos jovens mais talentosos e criativos. Tudo isso vem mudando, e hoje assistimos à partida para o exterior de muitos de nossos jovens pesquisadores mais valiosos, desesperançados dos rumos da ciência brasileira.

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