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31/05/2021

Wagner Victer defende campus sustentável do IMPA em artigo

Fotomontagem de como ficará o novo campus do IMPA

O ex-secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro Wagner Victer defendeu o projeto do campus sustentável do IMPA em artigo publicado na Tribuna da Imprensa, neste domingo (30). No texto, Victer aborda o papel social do IMPA, e o define como o “MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) brasileiro”. Ressalta ainda que o instituto traz “reflexos extremamente positivos para as camadas mais pobres de nossa sociedade”, com programas como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).

Ele explica também que a partir da OBMEP e das bolsas de iniciação científica vinculadas à competição, é possível “identificar a nata de jovens, especialmente pobres, com um grande potencial para chamadas ciências exatas”, e “fomentar os seus estudos”. 

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Leia o artigo na íntegra:

A INSANIDADE CONTRA O IMPA

A nota na coluna da jornalista, Berenice Seara, no Jornal O Extra, de que moradores estariam tentando barrar a expansão do IMPA – INSTITUTO DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA, é mais uma daquelas insanidades que infelizmente só acontecem no Rio de Janeiro.

É claro que qualquer expansão que se faça, especialmente em áreas como Horto, eventualmente podem ter que derrubar algumas árvores, mas é inaceitável o ponto que se chega, a visão curta e o interesse pontual que acontece em alguns lugares da chamada “Elite”.

O IMPA, é uma das mais especiais e formidáveis instituições que temos de inteligência, certamente uma das maiores do país. O IMPA é o nosso MIT, com reflexos extremamente positivos para as camadas mais pobres de nossa sociedade.

Não só pelo ensino de elite na Matemática, como uma referência internacional, um centro de identificação de talentos e até ganhador da chamada medalha Fields, que é o Oscar mundial da matemática.

Reconhecidamente uma das instituições mais avançadas no tema e até organizou recentemente o Congresso Mundial de Matemática e as competições que delegações do Mundo Inteiro vieram ao Brasil em um evento tipo Olimpíada, que aconteceu com grande repercussão internacional.

Sou, não só como pai de um jovem que estudou do Ensino Médio em uma Escola Pública e que participou ativamente da OBMEP, mas como Ex-Secretário de Estadual de Educação, testemunha do fantástico trabalho desenvolvido pelo IMPA  na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP, que movimenta milhões de jovens no Brasil,  é o maior e o processo de seleção de jovens com talento em todos os rincões do Brasil, de Norte a Sul, do Centro-Oeste ao Noroeste e especialmente aqui, na região Sudeste.

A partir da Olimpíada Brasileira de Matemática e dos processos onde são desenvolvidas as chamadas Bolsa de Iniciação Científica – PIC, já no Ensino Médio e o PICME- Pré Mestrado na fase de graduação, que conseguimos identificar a nata de jovens especialmente pobres, com um grande potencial para chamadas Ciências Exatas e, principalmente, conseguir fomentar os seus estudos.

Não permitir o crescimento das instalações do IMPA, transcende não é uma questão ambiental, transcende qualquer lógica que esperamos para um órgão que merece toda atenção.

Realmente estamos com a capacidade brutal de não construir, mas principalmente destruir. É lamentável que isso esteja acontecendo em nossa sociedade.

Criar impedâncias para o crescimento do IMPA, mesmo com eventuais impactos ambientais, que poderiam ser mitigados e eventualmente até compensados no próprio Horto, é um atentado contra a inteligência brasileira e um atentado especialmente contra o Rio de Janeiro.

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