A luz é feita de quê? Confira na coluna de Viana, na Folha
Reprodução da coluna de Marcelo Viana, na Folha de S.Paulo
Quando jogamos uma pedra em um lago, observamos na superfície círculos concêntricos de ondas que se expandem até a margem. Outros fenômenos físicos se deslocam de forma análoga. O som, por exemplo, também consiste de vibrações ondulatórias das moléculas do meio ambiente (ar, água etc). E a luz, será que também é formada por ondas?
Em 1704, Isaac Newton (1642 – 1726) publicou “Ótica”, um dos maiores trabalhos científicos de todos os tempos, contendo os resultados de três décadas de pesquisas sobre o tema. Nesse livro, ele defende que a luz consiste de pequenas partículas (“corpúsculos”) que se movem com velocidade muito grande, mas finita.
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A teoria corpuscular da luz não era nova —havia sido proposta pelo matemático e filósofo francês René Descartes (1596 – 1650), em 1637— mas estava longe de ser consenso. As conclusões de Newton acenderam (mais) uma controvérsia com seu compatriota Robert Hooke (1635 – 1703), defensor da teoria ondulatória. Não por acaso, “Ótica” só foi publicado após a morte de Hooke.
O prestígio de Newton fez com que suas ideias sobre o assunto prevalecessem por mais de um século. Mas a teoria corpuscular tinha problemas…
Quando a luz passa de um meio para outro (por exemplo, do ar para a água ou o vidro), ela muda de direção, e pode ocorrer que passe a exibir cores que não pareciam estar lá. É esse fenômeno, chamado refração, que explica a formação do arco-íris em dias de chuva. Newton estudou-o intensamente, usando lentes e prismas de vidro, e provou que essas luzes coloridas podem ser recombinadas, por meio de outra refração, para recompor a luz branca.
Essas conclusões iam contra ideias bem estabelecidas —Aristóteles afirmara que a luz não tem cor, que esta reside apenas nos objetos materiais—, o que dificultou a aceitação na Europa. Em pleno século 19 ainda havia muita oposição, inclusive do genial escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749 – 1832), dando pitacos um pouco fora de sua principal especialidade…
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