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22/01/2020

A luz é feita de quê? Confira na coluna de Viana, na Folha

Foto: Tássia Mohr/Flickr

Reprodução da coluna de Marcelo Viana, na Folha de S.Paulo

Quando jogamos uma pedra em um lago, observamos na superfície círculos concêntricos de ondas que se expandem até a margem. Outros fenômenos físicos se deslocam de forma análoga. O som, por exemplo, também consiste de vibrações ondulatórias das moléculas do meio ambiente (ar, água etc). E a luz, será que também é formada por ondas?

Em 1704, Isaac Newton (1642 – 1726) publicou “Ótica”, um dos maiores trabalhos científicos de todos os tempos, contendo os resultados de três décadas de pesquisas sobre o tema. Nesse livro, ele defende que a luz consiste de pequenas partículas (“corpúsculos”) que se movem com velocidade muito grande, mas finita.

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A teoria corpuscular da luz não era nova —havia sido proposta pelo matemático e filósofo francês René Descartes (1596 – 1650), em 1637— mas estava longe de ser consenso. As conclusões de Newton acenderam (mais) uma controvérsia com seu compatriota Robert Hooke (1635 – 1703), defensor da teoria ondulatória. Não por acaso, “Ótica” só foi publicado após a morte de Hooke.

O prestígio de Newton fez com que suas ideias sobre o assunto prevalecessem por mais de um século. Mas a teoria corpuscular tinha problemas…

Quando a luz passa de um meio para outro (por exemplo, do ar para a água ou o vidro), ela muda de direção, e pode ocorrer que passe a exibir cores que não pareciam estar lá. É esse fenômeno, chamado refração, que explica a formação do arco-íris em dias de chuva. Newton estudou-o intensamente, usando lentes e prismas de vidro, e provou que essas luzes coloridas podem ser recombinadas, por meio de outra refração, para recompor a luz branca.

Essas conclusões iam contra ideias bem estabelecidas —Aristóteles afirmara que a luz não tem cor, que esta reside apenas nos objetos materiais—, o que dificultou a aceitação na Europa. Em pleno século 19 ainda havia muita oposição, inclusive do genial escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749 – 1832), dando pitacos um pouco fora de sua principal especialidade…

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