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18/06/2021

16ª OBMEP terá participação de mais de 13 mil presos de SP

Foto: Divulgação/ Governo do Estado de SP

Com o objetivo de estimular o estudo da matemática em todo o Brasil, a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) identifica talentos da disciplina vindos de diferentes contextos sociais. Por isso, a oportunidade de participar da competição e ser reconhecido por ela se estende também a reeducandos das escolas vinculadoras dos sistemas prisionais brasileiros. Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo, 13.698 presos estão inscritos na 16ª edição da OBMEP.

“Vários reeducandos já foram medalhistas da OBMEP. Recebo cartas de alguns deles solicitando material para aprender matemática e treinar para as olimpíadas. Participar de uma olimpíada de matemática desperta em muitos deles uma vocação e permite uma reinserção social”, afirmou o diretor-adjunto do IMPA e coordenador-geral da OBMEP, Claudio Landim.

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As provas da primeira fase serão disponibilizadas na página restrita das unidades prisionais no site da OBMEP, em 28 de junho. As penitenciárias terão até 3 de agosto para aplicar os exames, e devem fazê-lo em salas de aulas instaladas nos presídios, respeitando os protocolos de prevenção da Covid-19.

“Com o objetivo de amparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, a SAP e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a participarem da Olimpíada de Matemática”, informa a nota no site do Estado de São Paulo. A olimpíada passou a ser aplicada nas unidades penais do Estado desde 2012.

O primeiro ouro de um detento na competição aconteceu na 13ª edição, em 2017. O prêmio máximo foi conquistado pelo colombiano Edisson Humberto Barbativa Murillo, que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” de Itaí, no interior de São Paulo. “A única saída é a educação. Eu já vi esse horizonte, mas não o persegui. Porém, sei que ele ainda existe e que posso alcançá-lo. Só depende de mim”, disse o medalhista à época, em entrevista ao Jornal da Cidade, de Bauru.

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