Navegar

23/08/2021

No blog Ciência e Matemática: Fazer para aprender

Crédito: PXFuel

Reprodução do blog do IMPA Ciência & Matemática, de O Globo, coordenado por Claudio Landim

José Francisco Soares – Professor Emérito da UFMG

A ciência cognitiva já estabeleceu, além da dúvida razoável, que aprender significa incorporar conhecimentos, procedimentos, relações e atitudes na memória de longo prazo. Neste sentido, pode-se dizer que, sem mudanças na memória de longo prazo não há aprendizado. Esta formulação, um aspecto da chamada “Cognitive Load Theory”, acaba de ser incorporada no modelo conceitual de supervisão das escolas da Inglaterra.

As mudanças que caracterizam novos aprendizados são, em larga medida, induzidas pelas tarefas que os professores indicam a seus estudantes nas suas aulas, projetos e avaliações. Aqui o termo tarefa deve ser visto como qualquer atividade de ensino ou avaliativa que é aplicada aos estudantes e que exigem deles engajamento intelectual. Assim sendo, a definição das tarefas é a forma visível de implementação de uma proposta pedagógica.

Leia mais: INCTMat promove live sobre elaboração de artigos científicos
No Livro Histórias Inspiradoras da OBMEP: Eralcilene Terézio
Workshop vai oferecer soluções matemáticas a empresas

Claro que, além das tarefas, há outros determinantes sociais e pessoais do aprendizado como a motivação, conhecimentos prévios, atitudes que, por sua vez, são influenciados, por características sociais dos estudantes. No entanto, as tarefas estão no âmbito pedagógico e podem ser adaptadas às necessidades dos estudantes de escolas específicas. Ou seja, as tarefas são as unidades de análise para a implementação de uma proposta pedagógica.

No caso brasileiro, a BNCC só estará implementada quando os docentes das escolas de educação básica souberem desenvolver e utilizar nas suas aulas e avaliações tarefas que reflitam as novas expectativas de aprendizagem encapsuladas na BNCC. Para isso precisam de ajuda.

No caso da matemática a construção das tarefas devem se inspirar no famoso ciclo de Polya, que aparece na literatura pedagógica com várias outras nomenclaturas. É necessário que os estudantes sejam desafiados por tarefas em cada uma de suas quatro etapas referidas como: formular, resolver, interpretar e comunicar. A etapa do resolver exige que o estudante tenha desenvolvido um repertório de conhecimentos matemáticos para cuja construção o uso de tarefas apropriadas é também essencial.

Para ler o texto na íntegra acesse o site do jornal

Leia também: Ciclo de palestras do IMPA vai mostrar fascínio da matemática
Na Folha de S.Paulo, Marcelo Viana fala da Plimpton 322