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26/04/2022

Alunas do Meninas Olímpicas do IMPA visitam o instituto

Palestras com profissionais renomadas, atividades lúdicas envolvendo matemática e visita à famosa biblioteca do IMPA. Essas são as atividades previstas para a primeira visita das alunas integrantes do programa Meninas Olímpicas do IMPA ao instituto, na próxima sexta-feira (29). A iniciativa busca estimular a participação de meninas entre 14 e 17 anos em olimpíadas de matemática e no campo das exatas em geral, com o objetivo de aumentar a presença feminina em áreas, como matemática, computação e engenharia. 

Durante a visitação, as 53 alunas, coordenadoras e licenciandas que integram o projeto deste ano vão conversar com a matemática Diana Sasaki Nobrega sobre a profissão e os desafios da carreira para as mulheres. Atual pesquisadora e professora do departamento de Matemática Aplicada do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IME/UERJ), Diana foi uma das vencedoras na área de Matemática do Programa “For Women in Science” (Para Mulheres na Ciência), uma parceria da L’Oréal, Unesco e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Além disso, graduandos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) vão desenvolver oficinas e atividades com as alunas. 

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Esta é a segunda edição do Meninas Olímpicas do IMPA, que começou a ser realizado em 2019. A novidade deste ano é que o projeto dobrou de tamanho e está presente em 10 escolas de diferentes regiões do Rio de Janeiro e em Niterói. O objetivo é combater a desigualdade de gênero na ciência e estimular as meninas a conhecer e optar por carreiras das áreas  de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática, na sigla em inglês). 

“O projeto acontece durante todo ano nas escolas, com atividades envolvendo questões de gênero e laboratórios de matemática. Mas a literatura comprova que essas visitas são essenciais para que as meninas conheçam onde a ciência é feita e tenham contato com as profissionais da área. Isso ajuda a quebrar estereótipos e trazer um sentimento de pertencimento a essas alunas”, explica a professora aposentada do Colégio de Aplicação da UFRJ e coordenadora do projeto, Letícia Rangel.

Em cada uma das escolas participantes, o projeto se desenvolve sob a responsabilidade de uma professora da unidade e o acompanhamento de uma licencianda em matemática ou de uma graduanda da área de exatas. Entre as atividades previstas para esta edição, apoiada pela Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), estão laboratórios, rodas de conversa, painéis, desafios das olimpíadas e oficinas de matemática, computação e robótica, além de debates sobre questões de gênero. As alunas participam ainda de palestras com profissionais da área e visitas a instituições renomadas no ensino e pesquisa. As integrantes do projeto vão desenvolver oficinas para o Festival Nacional da Matemática, realizado pelo IMPA em setembro e outubro, a fim de dividir o conhecimento adquirido com outras alunas.

A participação das mulheres em áreas de exatas é um problema mundial. Dados da Unesco estimam que apenas 30% das cientistas do mundo sejam mulheres. No Brasil, elas representam menos de um terço (26%) dos profissionais do mercado de STEM, segundo estudo coordenado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

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