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07/11/2017

Pioneira na ciência, Marie Curie ganhou dois prêmios Nobel

Wikimedia Commons

 
De olhadela, pode até ser difícil divisar que, entre tantos bigodes e barbas, existe uma mulher. Vestida com roupas igualmente escuras e cabelos presos, Marie Curie é a única na imagem da 5ª Conferência de Solvay, em Bruxelas (Bélgica), em 1927.
 
Durante o encontro, Marie e os demais cientistas presentes ao encontro, como Albert Einstein, Niels Bohr, Werner Heisenberg, Erwin Schrödinger, Max Planck e Paul Dirac, debateram especialmente sobre a recém-formulada teoria quântica.
 
Na época, Marie já conquistara, por duas vezes, o Prêmio Nobel – feito repetido apenas por três outros grandes nomes, Linus Pauling, John Bardeen e Frederick Sanger.
 
 
Em 1903, ela ganhou o Nobel de Física, por suas pesquisas sobre o fenômeno da radiação, láurea divida com os físicos Pierre Curie, com quem se casou, e Henri Becquerel. E em 1911, o de Química, por sua contribuição na área e por descobrir os elementos químicos rádio e polônio.
 
Nascida há exatos 150 anos, em Varsóvia, na Polônia, com o nome de Maria Salomea Sklodowska, ela não cruzou os braços diante da regra que existia em seu país, impedindo o ingresso de estudantes do sexo feminino no Ensino Superior. Foi para a França, onde estudou Matemática e Física na Universidade Paris-Sorbonne. Concluiu a licenciatura nas duas disciplinas e se tornou a primeira mulher a ser professor da instituição.
 
Marie morreu em 4 de julho de 1934 em decorrência da exposição à radiação, ocorrida durante suas pesquisas. Nos deixou estudos científicos fundamentais e teve o prazer de fazer ciência junto com a filha, Irène, que mais tarde se casou com o físico francês Frédéric Jolio, repetindo a história dos pais.
 
Em reconhecimento ao seu trabalho na área de radioatividade, um ano após a morte de Marie, Irène também ganhou o Nobel de Química.