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27/06/2022

Meninas Olímpicas do IMPA visitam Museu de Astronomia

Com o brilho nos olhos de quem conhece um ídolo pela primeira vez, 58 jovens participantes do programa Meninas Olímpicas do IMPA conversaram com a cientista Patrícia Spinelli e visitaram o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), na última sexta-feira (24). A segunda atividade externa do programa, que tem como objetivo motivar meninas nas áreas de exatas e ciências, foi recheada de novas descobertas sobre a história da exploração espacial e fatos curiosos sobre os astros.

A astrônoma do MAST, Patrícia Spinelli, falou sobre o dia a dia de uma cientista, o papel da pesquisa astronômica e a importância da presença feminina na área. “A astronomia tem um potencial encantador e que vai além das questões científicas. Tem uma dimensão filosófica e estética, quando pensamos nas imagens astronômicas. É sempre um prazer falar sobre astronomia, principalmente para o público de meninas. Queremos que elas se sintam pertencentes, tanto para fazer ciência quanto para frequentar os espaços públicos de conhecimento”, comentou. 

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Os guias do museu trouxeram informações sobre o sistema solar, o trabalho de observação do céu e instrumentos de navegação e mapas. As visitantes também conferiram a exposição sobre o cientista brasileiro Álvaro Alberto da Mota e Silva (1889-1976), que foi vice-almirante da Marinha do Brasil. “A importância de visitar um espaço como o MAST é enorme e são muitos conhecimentos apresentados em uma só visita. Foram aprendizados sobre astronomia, física, matemática, história e muitas outras coisas. O MAST está muito bem preparado para as ações educativas e nos recebeu muito bem!”, comentou Letícia Rangel, professora e coordenadora do programa.

Isadora Hilgert, aluna do Colégio Pedro II do campus Humaitá e integrante do Meninas Olímpicas do IMPA, considera a iniciativa uma chance de se aproximar das áreas de exatas. “Está sendo muito legal. Tivemos uma visita ao IMPA, que foi interessante porque pudemos conhecer matemáticos e saber mais sobre essa profissão, e agora estamos visitando o MAST. Vale a pena conhecer o museu, e já sei que vou voltar outras vezes. É muito bom se aproximar novamente da matemática, porque acho que a pandemia acabou me afastando um pouco desse estudo”, conta. 

Sua colega Luísa Quintella, também do Colégio Pedro II, considera que a visita foi um dos pontos altos do programa. “Sempre procurei iniciativas na escola para me envolver nas áreas de exatas e o Meninas Olímpicas do IMPA tem praticamente tudo que eu esperava! Desde as aulas voltadas para olimpíadas, projetos de robótica e a visita ao MAST. Foi a melhor parte até agora! É um museu interativo, bem explicado e que me fez sair daqui com mais perguntas do que respostas, que acho que é o objetivo da ciência”, afirmou Luísa. 

O Meninas Olímpicas do IMPA busca estimular a participação de meninas entre 14 e 17 anos em olimpíadas de matemática e nas áreas de exatas, com o objetivo de aumentar a presença feminina em profissões ligadas à matemática, computação e engenharia. A 2ª edição do programa está presente em 10 escolas de diferentes regiões do Rio de Janeiro e em Niterói, e conta com professores de todas as cinco universidades do Rio de Janeiro que possuem licenciatura em matemática: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Em cada escola participante, o programa é coordenado por uma professora da unidade e acompanhado por uma licencianda em matemática ou uma graduanda da área de exatas. Outras atividades previstas para esta edição, apoiada pela Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), são laboratórios, rodas de conversa, painéis, desafios das olimpíadas e oficinas de matemática, computação e robótica, além de debates sobre questões de gênero.

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