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12/06/2024

Folha: 'Duas décadas de Olimpíada de Matemática'

 

Foto: Ricardo Stuckert

Reprodução da coluna de Marcelo Viana na Folha de S. Paulo

Nesta terça-feira (11), o Impa homenageia os 654 medalhistas de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) de 2023, em cerimônia no Rio de Janeiro com a participação do presidente da República.

Faz 20 anos que o Impa foi ao Palácio do Planalto com a ideia ousada de criar uma olimpíada de matemática para as escolas públicas, uma “olimpíada para os pobres”, nas palavras do presidente Lula. O seu apoio permitiu vencer resistências e dificuldades e fazer da OBMEP uma das mais importantes políticas públicas de educação e ciência no Brasil.

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A OBMEP nasceu grande –mais de 10 milhões de participantes na primeira edição, em 2005– e nunca parou de crescer. Hoje, com a adição em 2022 da Olimpíada Mirim, voltada para as crianças dos anos iniciais, ela ultrapassa a marca dos 23 milhões de estudantes, em praticamente todos os municípios brasileiros.

Nesses 20 anos, a Olimpíada estimulou o gosto pela matemática, descobriu os jovens mais talentosos do Brasil e levou oportunidades de vida a todos os recantos deste país imenso.

Trata-se do Picme, um dos vários programas de formação de alunos e professores ligados à Olimpíada, que também tem a participação da Capes.

Pesquisa recente da Iede (Interdisciplinaridade e Evidência no Debate Educacional), com apoio do Impa e da USP, verificou que a participação na OBMEP está diretamente ligada à melhoria de desempenho em matemática, não somente entre os medalhistas mas em toda a escola: a média no Enem nas escolas que conquistaram medalhas na Olimpíada é de 516 pontos, enquanto nas demais escolas ela cai para 488 pontos.

Mas a OBMEP e o Impa não param e, em 2024, temos mais uma razão para celebrar: a criação do curso de graduação, o Impa Tech, que é outra decisão histórica do presidente Lula e do prefeito Eduardo Paes.

O Impa Tech é uma graduação em matemática da tecnologia e inovação que combina conhecimentos de matemática, ciência da computação, ciência de dados e física para formar profissionais altamente capacitados para mudarem o mundo por meio da matemática.

Os estudantes são selecionados majoritariamente entre os medalhistas da OBMEP e recebem moradia da Prefeitura do Rio de Janeiro e auxílio financeiro do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para custearem a sua subsistência durante o curso.

Para ler o texto na íntegra, acesse o site do jornal.

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