Em dia de eclipse, a Matemática pode salvar da fogueira
A Matemática pode salvar da fogueira. Mas é preciso que seja em um dia de eclipse solar.
Embora tal situação tenha sido vivenciada numa ficção – e das boas -, da lavra do artista belga Georges Remi, o Hergé (1907-1983), o fato é que a Matemática costuma ser empregada na interpretação dos eclipses. Por meio da geometria, é possível definir o comprimento de sombras, o tempo de duração e a posição de planetas e satélites, por exemplo.
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Nesta sexta-feira pós-eclipse – visível no fim da tarde de ontem, especialmente no Rio Grande do Sul – vale lembrar como a Matemática salvou o repórter Tintim, protagonista da série de histórias em quadrinhos iniciada em 1929 por Hergé. A série narra as peripécias do viajante topetudo pelos quatro cantos do mundo, acompanhado pelo inseparável cão Milu e amigos.
Em uma de suas aventuras, Tintim chega ao Peru e acaba flagrado no Templo do Sol, local sagrado construído pelos incas para rituais e oferendas. Tamanho sacrilégio sela o destino dele, condenado à fogueira. Um céu às escuras, porém, seria inviável para acendê-la, uma vez que as chamas surgiam apenas após a concentração dos raios solares no amontoado de gravetos.
É aí, então, que a Matemática entra na história “O Templo do Sol”. Ao descobrir que cálculos previam a chegada de um eclipse solar, em dia e hora determinada, Tintim, como último pedido, define o momento fatal exatamente no instante em que o sol desaparece. Impressionados com o mundo às escuras, os incas acabam por libertá-lo.
Quem também quiser se salvar da fogueira, pode anotar: ao longo de 2018 acontecerão mais dois eclipses, em 13 de julho e 11 de agosto.
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