24º CBM - Sessões Especiais: Computação Gráfica

Horário 16:30 17:00 17:30
Quarta-feira, 30 de julho Roberto Marcondes Cesar Jr. Helena Cristina da Gama Leitão Hélio Lopes
Sexta-feira, 1 de agosto Luiz Marcos Garcia Gonçalves Alberto Barbosa Raposo Ricardo Cordeiro de Farias

 

1, 2, 3(D) e já!: Usando Muitas Escalas para Analisar Sinais em Muitas Dimensões
Roberto Marcondes Cesar Jr., Departamento de Ciência da Computação, USP

Data: 30 de julho, quarta-feira
Horário: 16:30

Resumo:
A análise multiescala de sinais vem cumprindo um papel fundamental em diversas aplicações, de fenômenos microscópicos (análise de informação em biologia molecular) a astronômicos (descoberta de simetria em padrões de estrelas). Nessa palestra, apresentaremos alguns avanços desenvolvidos recentemente no tratamento de sinais 1D, 2D, 2+1D e 3D:
– 1D: Análise de formas representadas por curvas e seqüências de pontos;
– 2D: Análise de estruturas de ramificação, principalmente neurônios e vasos sangüíneos da retina;
– 2+1D: Análise de seqüências de vídeo, principalmente para o rastreamento de faces;
– 3D: Análise de estruturas do cérebro;
A principal ferramenta que unifica os métodos desenvolvidos é a transformada em wavelets, que deverá ser discutida em cada um dos contextos supracitados. Técnicas de reconhecimento de padrões utilizadas em conjunto com esses métodos também serão abordadas.

 

Análise da quantidade de informação em linhas de fratura
Helena Cristina da Gama Leitão, Instituto de Computação, UFF

Data: 30 de julho, quarta-feira
Horário: 17:00

Resumo: Na literatura temos diversos métodos para identificação e comparação de objetos baseados em suas linhas de contorno. A grande maioria das abordagens está limitada a poucas dezenas ou centenas de objetos. Em algumas aplicações, como por exemplo em arqueologia, podemos ter dezenas ou centenas de milhares de fragmentos. Se quisermos identificar trechos que eram adjacentes no objeto original (compartilham a mesma linha de fratura) usando apenas o contorno dos mesmos, é razoável se perguntar se existe informação nos contornos que permita fazer essa identificação com confiança, excluindo a possibilidade da semelhança de contornos ser devida ao acaso. Este trabalho descreve um método para medir a quantidade de informação contida num determinado trecho de contorno.

 

Teoria Discreta de Morse e suas Aplicações a Computação Gráfica
Hélio Lopes, Departamento de Matemática, PUC-Rio

Data: 30 de julho, quarta-feira
Horário: 17:30

Resumo: A teoria de Morse é reconhecidamente uma ferramenta matemática poderosa para investigar a topologia de variedades. Ela tem sido usada intensamente pelas comunidades de computação gráfica, modelagem geometrica e topologia computacional para desenvolver algoritmos baseados na topologia do objeto. Robin Forman em 1995 introduziu a versão discreta dessa teoria, que é puramente combinatória. Na Teoria de Morse Discreta, o objeto principal de estudo é o complexo celular. O principal objetivo dessa palestra é apresentar um algoritmo para construir um campo vetorial gradiente de uma função discreta de Morse segundo Forman. Pretende-se aqui também usar os conceitos fundamentais dessa nova teoria para visualmente estudar a topologia de um objeto. Finalmente, através dessa teoria, é possivel fazer elegantemente uma análise algorítmica de dois muito conhecidos algoritmos de compressao geometrica: o Edgebreaker e o Grow & FLow. (Esse trabalho foi feito em colaboração com Thomas Lewiner and Geovan Tavares.)

 

Brincando com Robôs e Avatares: Visualização Remota para Aplicações Multi-usuário em Espaços de Realidade Mista
Luiz Marcos Garcia Gonçalves, Departamento de Engenharia de Computação e Automação, UFRN

Data: 1 de agosto, sexta-feira
Horário: 16:30

Resumo: Desenvolvemos um sistema que permite gerenciar aplicacoes em espacos de realidade mista, onde interacao é o requerimento principal. Usamos robôs autônomos com percepção própria e poder de decisão e provemos uma maneira para que interajam com pessoas e objetos em ambos os mundos real e virtual, através da Internet. Em certos casos, um usuário humano, através de um avatar, pode interferir no comportamento atencional do robô (a princípio autônomo), guiando seu movimento, como por exemplo, para examinar um objeto em uma certa parte do ambiente com mais detalhe. Em outros casos, o robô pode guiar o usuário humano através do mundo real (como num museu ou numa “cave”). Outros humanos podem entrar no no ambiente e também interagir com o robô ou com outros usuários humanos, através de seus avatares. Dessa maneira, robôs, avatares e usuários conseguem conviver neste ambiente, interagindo se necessário uns com os outros. A percepção do sistema é constantemente atualizada para refletir o estado corrente do ambiente.

 

Realidade Virtual Colaborativa – Um novo paradigma de trabalho geograficamente distribuído
Alberto Barbosa Raposo, Departamento de Informática, PUC-Rio

Data: 1 de agosto, sexta-feira
Horário: 17:00

Resumo: Esta palestra apresenta diversos projetos atuais do Tecgraf/PUC-Rio na ótica da “Revolução da Ciência e Engenharia através da Infraestrutura Cibernética” da NSF/USA e da “e-Ciência do Reino Unido”. A intenção é realçar esta nova disciplina e mostrar que, conciente ou inconcientemente, todos nós já estamos trabalhando na era de uma nova Internet. 

 

Algoritmos e Robustez para Visualização Volumétrica
Ricardo Cordeiro de Farias, Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, COPPE, UFRJ

Data: 1 de agosto, sexta-feira
Horário: 17:30

Resumo: É largamente sabido que os processos de Visualização Volumétrica são extremamente caros e envolvem a necessidade de grande quantidade de memória para sua execução. Novos algoritmos tem diminuido drasticamente os tempos de geração de imagens, mas não tem sido suficiente para baixar esses tempos de modo a oferecer solucões em tempo real. Para isso, cientistas desta área recorrem às técnicas de alto desempenho para a adaptação dos algoritmos seriais disponíveis para serem rodados em clusters de PC. Clusters vem se tornando uma alternativa de baixo custo para a aceleração de processos. Apresentaremos também como a técnica de processamento em “out-of-core” pôde ser empregada para a renderização volumétrica, permitindo assim a visualização de grandes massas de dados. O princípio básico da técnica “out-of-core” basea-se na idéia de se ler para a memória principal do computador apenas uma parte mínima dos dados de cada vez. Por último, mostraremos nossos estudos para processamento paralelo em grides de computadores, buscando robustez e confiabilidade, já que grides de computadores são muito mais sujeitos a falhas do que clusters.