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09/03/2018

SBM e IMPA anunciam equipe feminina que disputará EGMO

 

A Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) anunciaram, na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), os nomes das integrantes da equipe que representará o Brasil na European Girls’ Mathematical Olympiad (EGMO). Este ano, a competição será de 9 a 15 de abril, em Florença (Itália). Será a segunda participação da equipe feminina brasileira.

A seleção nacional será formada pelas estudantes Ana Beatriz Cavalcante Pires de Castro Studart, de Fortaleza (CE); Débora Tami Yamato, de São Paulo (SP); Mariana Bigolin Groff, de Frederico Westphalen (RS); e Mariana Quirino de Oliveira, de Brasília (DF). Todas cursam o Ensino Médio. A equipe será liderada por Deborah Barbosa Alves, de São Paulo (SP), e vice-liderada por Luíze Mello d’Urso Vianna, do Rio de Janeiro (RJ).

Como em 2017, a SBM e o IMPA vão financiar a participação do Brasil na 7ª edição da EGMO, com o objetivo de apoiar cada vez mais a presença feminina na Ciência, especificamente na Matemática.

“A atual diretoria da SBM colocou no topo de sua lista de prioridades o estudo de questões de gênero na Matemática. Quando foi proposta uma parceria com o IMPA para apoiar a participação da equipe brasileira na EGMO, aprovamos sem hesitação, na convicção de que ações concretas são muito importantes para incentivar a presença da mulher na Matemática”, diz Paulo Piccione, presidente da SBM.

Para Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA, “o apoio da SBM e do IMPA à participação da equipe brasileira na EGMO se insere no âmbito de uma discussão mais ampla, da presença da mulher na Matemática, que as duas organizações vêm promovendo ativamente”.

Equipe feminina do Brasil

O bom desempenho do Brasil nas olímpiadas internacionais de Matemática fez com que o país fosse convidado a participar com uma equipe feminina na EGMO em 2017. No ano passado, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze. Uma das medalhistas foi a gaúcha Mariana Bigolin Groff, que volta ao time em busca de novos prêmios.

“A EGMO é uma competição diferenciada, em que o cenário típico de grande maioria masculina desaparece. Se reúnem meninas do mundo inteiro interessadas em Matemática, que têm a chance de conviver e conversar uma com as outras por uma semana. Assim, é possível ver culturas totalmente diferentes, que acabam se parecendo tão iguais ao se unir pelo interesse comum a ciência. Portanto posso dizer que fico muito feliz em ter a oportunidade de participar novamente dessa competição. Creio que a nossa equipe se esforçará ao máximo para representar bem o nosso país”.

A pouca presença de meninas nas equipes internacionais pode desmotivar aquelas que se desdobram nos estudos da Matemática, como diz Débora Yamato.

“Houve um tempo que desanimei de estudar Matemática por ter medo de falhar, de não conseguir ganhar uma medalha, mas agora vejo as olimpíadas de uma forma diferente, uma oportunidade de aprender o que eu gosto e desenvolver determinação para trabalhar pelos meus sonhos. Estou muito feliz por participar da EGMO. Acho muito interessante ter uma olímpiada para incentivar a participação de meninas em olimpíadas de Matemática”.

Para Mariana Quirino, a participação na EGMO poderá atrair mais meninas para o estudo da Matemática. “Representar o Brasil na EGMO é um meio de incentivar que mais meninas se dediquem à Matemática, já que elas terão maior perspectiva de ir para uma olimpíada internacional.”

Já Ana Beatriz Studart, sustenta que a participação do Brasil na competição será “de suma importância para a motivação das meninas mais jovens e para encurtar os abismos entre a participação masculina e feminina”.

“São esses diferenciais que nos fazem ter esperança na igualdade entre indivíduos e assim ter o que comemorar na semana em que se comemora o Dia da Mulher”, comenta ela.

 

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