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02/12/2021

Projeto do IMPA é destaque em programa da CNN

O algoritmo desenvolvido pelo IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e pelo grupo Dasa para identificar problemas na gestação foi destaque no programa “CNN Sinais Vitais” desta quarta-feira (1º). O pesquisador do IMPA e coordenador do projeto, Paulo Orenstein, foi um dos entrevistados do programa semanal apresentado pelo médico Roberto Kalil. 

Desenvolvida pelo Centro Pi (Centro de Pesquisa e Inovação do IMPA) e por médicos do Dasa, a tecnologia inovadora criou um algoritmo que analisa imagens de exames gestacionais para detectar problemas e, assim, evitar complicações no feto e na mãe. A tecnologia tem taxa de 93% de acertos quando comparado com análises de médicos. 

Ao programa da CNN, Paulo Orenstein explicou que a tecnologia agiliza o diagnóstico de problemas na gravidez a partir de uma estimativa da quantidade de líquido amniótico no útero da gestante. “Isso hoje é feito de uma maneira relativamente artesanal e o que a gente fez foi providenciar um algoritmo que consegue, em questões de segundos, gerar uma estimativa do volume”, declarou o pesquisador do IMPA na matéria, que entrevistou também profissionais da saúde e outros especialistas sobre os avanços na medicina fetal. 

O sistema criado pelo IMPA e pelo Dasa auxilia também na detecção de patologias no bebê, uma vez que o líquido amniótico é fundamental para o desenvolvimento e proteção do feto durante a gestação. A tecnologia pode, por exemplo, ajudar no diagnóstico de obstrução no esôfago ou demonstrar disfunções no sistema urinário do bebê a partir da quantidade de substância no útero. Para chegar às conclusões, os pesquisadores usaram 700 imagens em 3D de ressonâncias magnéticas para treinar a inteligência artificial. 

O “CNN Sinais Vitais” também entrevistou o coordenador do Laboratório de Biodesign Dasa/PUC-Rio, o médico Heron Werner Júnior, que demonstrou como funciona a visualização da tecnologia de realidade virtual e como ela contribui para o diagnóstico precoce. “Eu me vi no início da minha carreira desenhando o perfil do feto para mostrar para a mãe. E hoje eu tenho uma tecnologia que ajuda nessa abordagem, e facilitando também o meu diagnóstico, a avaliação do prognóstico e da equipe que discute comigo em relação a determinadas patologias”, comentou. 

Especialista em imagem em ginecologia e obstetrícia, Werner Júnior afirma ainda que a ideia deste laboratório é associar as tecnologias de impressão 3D às tecnologias de realidade virtual. “Tudo aquilo que fazemos em 3D vem de um arquivo virtual, então posso gerar uma realidade virtual e, assim, fazer simulações”. A reportagem completa está disponível no Canal do YouTube da CNN Brasil.