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24/07/2020

Com dez equipes, Brasil compete na IMC 2020

Adaptada para o formato virtual, a 27th International Mathematics Competition for University Students (IMC) de 2020 contará com uma participação ainda maior de brasileiros. Além da equipe nacional, composta por estudantes que tiveram um bom desempenho na 41ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM 2019) – Nível Universitário, a competição contará com delegações de nove universidades do país, formando um total de dez equipes brasileiras. Tradicionalmente realizada na cidade de Blagoevgrad, na Bulgária, a disputa voltada para estudantes universitários começa neste sábado (25) e vai até a próxima quinta-feira (30). 

Os estudantes Vinícius Pinheiro Bento, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); André Yuji Hisatsuga, Eduardo Ventilari Sodré e Lucas Hiroshi Hanke Harada, da Universidade de São Paulo (USP); e Felipe Chen Wu, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), integram a equipe de participantes da OBM 2019. O líder do grupo é o professor Diego Eloi Misquita Gomes, e o vice-líder é o professor Rafael Miyazaki.

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Apesar de ter tido menos tempo para um estudo estratégico da competição, por causa do prolongamento do semestre letivo em decorrência do novo coronavírus, Eduardo Sodré, de 19 anos, está confiante. “É sempre um nível muito alto, que exige bastante do participante. Mas estou confortável com isso, acho que não vai ser muito diferente do que eu já presenciei.”

Os estudantes farão a prova de suas residências dispondo de quatro horas para resolver quatro questões com problemas de álgebra, análise real e complexa, geometria e combinatória. Uma vez concluídos, seus trabalhos serão digitalizados e enviados ao comitê organizador. Os líderes de cada equipe são os responsáveis pelo cuidado no processo de aplicação das provas, correção das soluções dos estudantes e verificação das pontuações atribuídas pela organização.

Realizar a prova de casa pode representar um desafio extra aos participantes, avalia Eduardo. “Fico um pouco receoso quanto à minha capacidade de concentração. É um ambiente diferente e no qual potencialmente você pode estar mais desconcentrado.”

Por outro lado, o formato virtual tornou a competição mais acessível, pontua o líder da equipe da OBM, professor Diego Eloi. “O estudante não precisa mais arcar com os custos da viagem à Bulgária. Fico muito feliz que outros professores tenham entrado nesse projeto. A quantidade de universidades participantes é um esforço coletivo, inclusive um esforço dos próprios alunos para conseguirem líderes nas suas universidades.” A competição registrou nesta edição 561 inscrições, o maior número de participantes até então, conta o líder da equipe brasileira.

Diego afirma estar satisfeito com a troca que tem ocorrido entre os líderes, vice-líderes e participantes das equipes brasileiras. “Desde do mês passado estamos em contato, sempre pensando coletivamente, nos ajudando e trocando informações importantes sobre a olimpíada. Espero que isso possa movimentar o cenário da olimpíada universitária nacional, não só promovendo mais competições, como inspirando mais estudantes a participarem das competições já existentes.”

Também participam as equipes da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Rio), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), USP de São Carlos e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Os cortes para a distribuição das medalhas ainda vão ser definidos pela organização da IMC. Os resultados serão publicados no site da competição. Com mais participantes, aumenta também a concorrência. Mas isso não é problema para os competidores brasileiros, garante o professor Diego. “A equipe do Brasil está bem forte, acredito que teremos muitas medalhas!”

Conheça todas as equipes brasileiras participantes.

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