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02/08/2018

Os pais trabalham, os filhos brincam

Quando um casal é convidado para palestrar em outro país, num mesmo congresso, vem logo a pergunta:  o que fazer com as crianças? Os matemáticos Laura de Marco e Mihnea Popa não tiveram dúvidas. Trouxeram os filhos Adrian, 11, e Sarah, 7, para participar do Congresso Internacional de Matemáticos (ICM 2018), que acontece até a próxima quinta-feira (9), no Riocentro. Enquanto o mais velho lê, passeia pelos pavilhões e explora as exposições que vão de robótica a artes, a pequena aproveita o serviço de Day Care, feito em parceria com a escola bilíngue Mopi.

Além de brinquedos, como escorrega e piscina de bolinhas, as monitoras organizam atividades como dança, pique-esconde e confecção de bandeiras. “Para nós não havia outra opção, senão trazer as crianças. Não é usual ter nas conferências que frequentamos um serviço como esse. Foi realmente uma mão na roda, porque ficamos mais tranquilos, e as crianças podem se divertir”, contou Laura, que pesquisa na área de sistemas dinâmicos na Universidade Northwestern (EUA).

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Adrian disse que gostou de ficar livre para explorar novidades de robótica no pavilhão das exposições e ter tempo de ler “Projekt 1065”, de ficção histórica sobre a 2ª Guerra Mundial e um dos cinco títulos que escolheu para trazer ao Brasil. Sarah, que tem como missão, determinada pelos pais, aprender pelo menos cinco palavras em português por dia, passou a manhã desta quinta-feira (3) no espaço, com seis crianças,  uma professora e seis trainees. Uma das novas amigas de Sarah é a chinesa Fiona, de 6 anos.

Mesmo de nacionalidades diferentes, as crianças não têm dificuldade para interagir. “Eu faço gestos e os outros entendem”, disse a chinesinha. Seu pai, Xuhua He,  veio sozinho com a filha por considerar uma ótima oportunidade para apresentar a ela uma nova cultura, uma nova língua. “´É uma experiência única estar em um novo país”, disse.