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09/02/2018

'Google', ou como ideia de infinito intriga a humanidade

Por volta de 1920, o matemático norte-americano Edward Kasner (1878-1955) estava buscando um nome para um número muito grande —10100, ou seja, 1 seguido de 100 zeros— que despertasse a atenção das crianças. O sobrinho Milton, de 9 anos, propôs chamar “googol” e esse nome foi popularizado por Kasner em seu livro “Matemática e imaginação”.

O googol é um número enorme. Para dar uma ideia, estima-se que o número de átomos em todo o universo observável seja 1080, quer dizer, 1 seguido de “apenas” 80 zeros. O googol é 100 bilhões de bilhões de vezes maior!

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Mas o pequeno Milton sabia bem que há números ainda maiores, e até propôs um nome para um deles: “googolplex” é 10googol, ou seja, 1 seguido de um googol de zeros.

O googolplex é tão colossalmente grande que não é possível escrevê-lo por extenso: não há espaço suficiente no universo para todos esses zeros!

Muitos anos depois, em 1997, os criadores de um novo site de buscas decidiram chamar seu produto “Googol”, para dizer que ele seria capaz de processar enormes quantidades de informação. Só que alguém se enganou na hora de escrever e acabou ficando “Google”.

Aliás, é um exagero: mesmo hoje em dia, a quantidade total de informação armazenada na internet não alcança 1023 bytes — cem trilhões de gigabytes —, o que não chega nem perto de um googol. Mesmo assim, a sede da empresa na Califórnia é chamada Googleplex…

A descoberta fascinante de que o conjunto dos números não tem fim, pois sempre podemos encontrar um maior, é nosso primeiro contato com a ideia de infinito. E essa ideia vem intrigando a humanidade desde sempre: mesopotâmios, egípcios, hindus e chineses, todas as grandes civilizações se debruçaram sobre os mistérios do infinito e, claro, suas relações com a religião.

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