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26/05/2017

"Brasil ainda não aproveita todo o potencial da Matemática"

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O potencial econômico da Matemática é surpreendente. Na Inglaterra, por exemplo, representa 16% do PIB. No Brasil, deficiências no processo de ensino-aprendizagem da disciplina dificultam igual desempenho. Mas há uma expectativa de que o Biênio da Matemática, ao trazer o assunto para o centro do debate nacional e sediar os maiores eventos internacionais da área ao longo deste ano e do ano que vem, contribua para as mudanças necessárias ao país, destacou o diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana, em audiência pública na Câmara dos Deputados.

“Acredito que o Brasil não está realizando esse potencial porque não está treinando esses jovens de forma adequada e na escala que o país precisa para eles serem capazes de exercer as atividades que produzem essa riqueza. Então, temos como meta, com o Biênio, transformarmos a imagem pública que a Matemática tem, com o objetivo de contribuir para que o nosso ensino chegue mais perto daquilo que o país já é em termos de pesquisa na área de Matemática”, declarou Marcelo, nesta quinta-feira, durante audiência na Comissão de Educação, que reuniu, entre outros, os deputados Alex Canziani, do Paraná, Celso Pansera, do Rio, e o secretário-executivo adjunto do MEC, Felipe Sartori.

Os debatedores ressaltaram a importância de se aprovar, com urgência, o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no qual estão definidos os conhecimentos e as competências fundamentais que todo aluno precisa desenvolver ao longo da Educação Básica. Segundo eles, as diretrizes estabelecidas pelo documento podem auxiliar na redução da defasagem de ensino da Matemática no país.

A aprovação do texto, que padroniza parte do conteúdo a ser ensinado aos estudantes, foi citada por Marcelo como exemplo de que melhorias no ensino da disciplina requer um esforço além do realizado por professores e acadêmicos: “É importante continuar avançando na restruturação do sistema educacional, em particular, com a promulgação da Base Nacional Curricular, e na reforma do Ensino Médio, outra iniciativa que nós consideramos urgente.”

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