Henrique Bursztyn é agraciado com Prêmio TWAS 2026
O pesquisador do IMPA Henrique Bursztyn foi agraciado com o Prêmio TWAS 2026 na categoria Ciências Matemáticas. Concedido pela Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento, a distinção é um reconhecimento a contribuições excepcionais realizadas por membros e jovens afiliados à ciência e tecnologia, bem como para a missão da TWAS. Bursztyn foi reconhecido por suas contribuições à geometria de Poisson, incluindo estruturas de Dirac, grupoides de Lie, teoria de Lie superior e conexões com quantização de deformação.
“Estou realmente honrado em receber o prêmio TWAS. Este reconhecimento reflete anos de mentoria e contribuição para a construção de um grupo de pesquisa no Brasil, e me motiva a continuar avançando neste trabalho”, afirmou o pesquisador.
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Especializado em geometria simplética e de Poisson, Bursztyn é pesquisador do IMPA desde 2005. Natural do Rio de Janeiro, ele graduou-se na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e obteve seu doutorado em matemática pela UC Berkeley, nos Estados Unidos, em 2001. O matemático também foi bolsista Fulbright em 2018; é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e já foi agraciado com outras 11 distinções, entre elas, o Prêmio de Reconhecimento UMALCA.
TWAS concedeu 25 honrarias
Das 25 honrarias concedidas pela Academia, quatro foram destinadas a brasileiros. Além de Bursztyn, foram agraciados Carlos Ricardo Soccol, chefe da Divisão de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia do Setor de Tecnologia da UFRP (Universidade Federal do Paraná), na categoria Engenharia e Ciências da Computação, e Ester Sabino, professora titular do Departamento de Patologia da USP (Universidade de São Paulo) e cientista da Universidade Municipal de São Caetano (USCS), na categoria Ciências Médicas e da Saúde.
A grande Medalha TWAS foi concedida ao professor emérito da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, que trabalha com óptica quântica e informação quântica, com ênfase no papel do ambiente em sistemas quânticos.
A Academia Mundial de Ciências para o Avanço da Ciência nos Países em Desenvolvimento (TWAS) foi fundada em 1983 por um distinto grupo de cientistas dos países em desenvolvimento, sob a liderança de Abdus Salam, o físico paquistanês e ganhador do Nobel de 1979. Os cientistas compartilhavam a crença de que as nações em desenvolvimento, ao construir força na ciência e engenharia, poderiam construir o conhecimento e a habilidade para enfrentar desafios como a fome, as doenças e a pobreza.
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