MOI rompe fronteiras e chega à primeira rede municipal fora do Rio
O Meninas Olímpicas do IMPA (MOI) dá um passo histórico em sua trajetória de incentivo à participação feminina nas ciências exatas: o projeto será implementado, pela primeira vez, em uma rede municipal fora da cidade do Rio de Janeiro. A Escola Municipal Miguel Nunes, em São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, é a primeira a integrar a iniciativa.
A parceria foi formalizada nesta quarta-feira (15), em reunião no IMPA, e marca o início da expansão do programa. Em breve, será lançado um edital para que outras redes municipais possam se candidatar à implementação do MOI.
“A assinatura deste convênio dá início a uma evolução importante no modo de funcionamento do Meninas Olímpicas do IMPA com a abertura, brevemente, a uma participação muito mais ampla de escolas públicas. O objetivo é ampliar ainda mais o sucesso do projeto na promoção da presença feminina nas carreiras de exatas e tecnologia”, explicou Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA.
Inicialmente, cerca de dez alunas do 6º ao 9º ano da Escola Municipal Miguel Nunes participarão do projeto, acompanhadas à distância pela equipe do MOI, coordenada pela professora Letícia Rangel.
“Ver o MOI avançando é importante, é emocionante. Estamos rompendo fronteiras, o MOI está crescendo. Isso é desafiador e também muito gratificante”, contou Letícia Rangel.
Para Gustavo Terra, secretário de educação do município de São Francisco de Itabapoana, a chegada do MOI tem grande potencial de transformação na formação acadêmica dos jovens da cidade. “Gostamos muito desse projeto porque vimos nele a oportunidade de plantar a sementinha da licenciatura em matemática nas nossas alunas da rede municipal. Estou confiando que vai ser um sucesso. A ideia é avançar, fortalecer, aumentar e futuramente termos mais pessoas formadas em matemática”, explicou.
Além disso, a adesão ao MOI vem como um complemento à educação integral, já implementada pela escola. Outro objetivo é incentivar as meninas na área de STEM. “Nossa maior expectativa é que essas meninas consigam perceber que elas também são protagonistas no ensino. Em um município rural, como é São Francisco de Itabapoana, temos em geral muita dificuldade em acessar essa informação e o MOI vem justamente para demonstrar isso para elas: aqui é espaço de mulher também. O MOI reforça que as meninas podem também estudar matemática e robótica”, contou Maurício Quitete, diretor tecnológico da Secretaria de Educação.





