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02/08/2018

Computação quântica promete resolver problemas “insolúveis”

A computação quântica já existe, embora ainda limitada e dependendo de alta capacidade de refrigeração dos microchips de processamento. Na computação quântica, é possível trabalhar com informações contraditórias, assumindo valores de sim, não ou ambos — na computação tradicional, um bit só pode representar sim ou não.

Andris Ambainis, professor de ciência da computação na Universidade da Letônia, fez uma apresentação sobre a complexidade de consultas realizadas em algoritmos quânticos. Segundo ele, quando estiver mais consolidada, a computação quântica embasará a realização de cálculos que permitem resolver problemas fundamentais e aparentemente insolúveis da matemática.

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Ambainis diz que o mais potente computador quântico existente foi lançado em 2016 pela IBM e permite o processamento de 20 qubits, ou bits quânticos. O Google já está preparando um computador quântico de 72 qubits, que representa um salto razoável de processamento, além do disponível hoje. Esse computador pode ser lançado daqui a um mês ou daqui a um ano; devido às dificuldades envolvidas, é difícil prever prazos nessa área da vanguarda da informática.

“Transformador mesmo será quando houver computadores quânticos de mil qubits”, afirma.

Alguns pesquisadores, ele incluído, já têm acesso limitado para usar até 16 qubits de processamento quântico em pesquisas. O acesso funciona como na computação em nuvem, em que o código é processado remotamente de maneira muito rápida. O grau de acesso depende muito das credenciais de cada pesquisador, diz.

Usar todo o poder atual de processamento quântico, segundo Ambainis, só é possível mediante cobrança. É muito caro? “Quem tem uma bolsa de pesquisa muito generosa talvez consiga pagar por esse processamento”, afirma.