‘Tirinhas de Vidro’ mostram diversidade de materiais vítreos

Imagem: “Tirinhas de Vidro”

Olhe ao seu redor: tela do celular, copos, óculos… Quantos itens são feitos de diferentes tipos de vidro? No dia a dia, usamos o nome no singular, mas pesquisas científicas apontam para a existência de mais de 500 mil tipos de materiais vítreos. Pensando em aproximar o conteúdo científico do grande público, pesquisadores do CeRTEV (Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação em Vidros) da UFSCar lançaram o projeto “Tirinhas de Vidro”, uma série de quadrinhos e mangás disponíveis em um blog, no Instagram e em uma página do Facebook de mesmo nome. 

“Só aqui, de onde estou trabalhando, vejo com facilidade quinze tipos diferentes de vidros. É um desafio constante chamar a atenção para isso, porque as pessoas pensam que existe só um tipo de material. Mas há os biovidros, vidros para implantes no corpo humano, para usinas nucleares, fibras ópticas, condutores iônicos. Uma infinidade de tipos que podem deixar passar a luz, mas sem passar o calor, vidros autolimpantes… Queremos disseminar esse conteúdo”, explica Edgar Zanotto, coordenador do projeto e membro do Conselho de Administração do IMPA. O pesquisador recebeu o Prêmio Almirante Alvaro Alberto de Ciência e Tecnologia em 2012. 

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Os quadrinhos “Tirinhas de Vidro” trazem a história dos personagens Nick e Bia. Os dois são estudantes universitários, e fazem iniciação científica no CeRTEV. Nas tirinhas, narram o dia a dia de um laboratório. Até agora, já foram publicadas 21 tiras e quatro mangás nas redes sociais. O material é ilustrado por Adriana Iwata, bolsista de jornalismo científico no CeRTEV, com apoio da FAPESP. 

“Muitas vezes os cientistas menosprezam a divulgação para o grande público, mas é importante popularizar a ciência. Essa etapa do trabalho, de ‘digerir’ artigos científicos restritos à literatura especializada, hermética, e transformá-los em linguagem compreensível também é extremamente importante”, considera Zanotto. 

A pesquisa com vidros vem avançando em diferentes direções. Agora, cientistas trabalham com algoritmos de inteligência artificial para a descoberta e análise de novos materiais vítreos. 

Quer saber mais sobre a área? Conheça as “Tirinhas de Vidro”! 

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