IMPA inaugura exposição sobre o matemático Émile Borel
A exposição “Émile Borel: um matemático no plural” (2021) foi inaugurada nesta quarta-feira no IMPA. A abertura contou com a participação do membro do comitê científico da mostra, o matemático Laurent Mazliak, da Universidade de Sorbonne, em Paris. A curadoria da exposição é de Hélène Gispert e foi financiada pela IRL (International Research Laboratories) do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). A exposição chega ao IMPA com o apoio de Claudio Landim, pesquisador do instituto.
Dividida em 14 cartazes dispostos no terceiro andar do IMPA, a exposição conta a história do matemático francês Émile Borel (1871-1956), descrito como “figura de destaque no cenário científico da primeira metade do século XX”. A mostra contempla as contribuições científicas do matemático e até aspectos da sua vida política e social.
Primeiro diretor do Instituto Henri Poincaré, Borel investigou principalmente a Lógica e Teoria dos Conjuntos. Também se destacou por acreditar na “construção coletiva da matemática” e desejar que a disciplina alcançasse o grande público.
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Borel também teve participação em estudos da física especialmente ligados à descontinuidade da matéria. No campo político e social, o matemático foi um republicano convicto e procurou propor decisões políticas com base na racionalidade.
Durante a abertura do evento, Laurent Mazliak lembrou a importância da participação dos cinco matemáticos franceses que compõem o comitê científico da exposição. O grupo é vinculado ao Instituto Henri Poincaré, na França. Além de Mazliak, Sylvie Benzoni-Gavage, Alain Bernard, Martha-Cecilia Bustamante, Mathias Cléry, Caroline Ehrhardt, Clotilde Fermanian Kammerer se dedicaram à pesquisa histórica e matemática da mostra. “Muito obrigado à organização. Estou muito feliz com a exposição, com a palestra de abertura e também pela oportunidade de retornar ao Brasil depois de 30 anos. Também quero agradecer à colega Luciana Vera de Souza, da Universidade de Campinas (Unicamp), que traduziu os painéis da exposição feitos pelo Instituto Henri Poincaré em Paris”, destacou Mazliak.
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