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14/03/2023

Hallison Paz equipara IMPA à empresa Meta

Após seis meses de estágio na Meta, dona do Facebook, o doutorando do IMPA Hallison Paz equiparou a produção do instituto a da empresa americana com valor de mercado bilionário. O estudante passou um semestre no laboratório da Meta, localizado em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia (EUA), desenvolvendo avatares para o futuro metaverso da empresa.

“A Meta é uma das líderes na área de inteligência artificial, computação gráfica e visão computacional. Foi muito interessante vivenciar a empresa por dentro! Apesar de possuírem uma infraestrutura e equipe bem maiores, a gente não está longe disso no Visgraf. Assim como eles, escolhemos problemas relevantes e sabemos como abordá-los”, disse.

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O doutorando, que é um dos colaboradores do Visgraf (Laboratório de Computação Gráfica do IMPA), trabalhou na representação virtual de usuários da rede social através de  avatares que se movem e se comunicam, inclusive com expressões faciais.

Nesta quarta-feira (15), Hallison apresenta a palestra “Putting a Brick in the Metaverse”, às 13h30, no Auditório 3 do instituto com transmissão ao vivo no YouTube.

No evento, ele vai compartilhar a experiência que adquiriu no laboratório e dar detalhes sobre o processo seletivo para estágios em empresas internacionais, incluindo as questões burocráticas. 

“Eu tinha autonomia para trabalhar, o que eu acho bem legal, e periodicamente tinha reuniões com meu time e supervisor. Aprendi algumas técnicas que já havia ouvido falar durante o doutorado, mas que não tinha testado”, contou.

Paz também compartilha a sua percepção sobre a Meta, que tem um papel central no desenvolvimento da tecnologia. 

“Acredito que, no mercado brasileiro, mesmo empresas que estão trabalhando com tecnologia avançada precisam se preocupar em desenvolver algo mais voltado para a aplicação na engenharia do que na ciência. Na Meta, a experiência foi diferente, porque vi que existe espaço para explorar ideias novas sem ter certeza se vamos realmente chegar a algum lugar, um risco inerente à ciência. É uma dinâmica diferente da vivência que tive em empresas no Brasil, com uma lógica que se aproxima mais da academia”

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