Navegar

10/10/2017

Evento promove troca de experiências entre professores

Fundamental para uma relação prazerosa das crianças e adolescentes com a Matemática, o professor que atua na área enfrenta, no Brasil, um dilema: somos um país de excelência na área de pesquisa, mas não alcançamos um desempenho à altura quando se trata de Ensino Fundamental e Básico. O processo de formação pode nos ajudar a mudar esse cenário? Quais os entraves? O que deve ser priorizado para promover melhorias?  Como valorizar o profissional que, diariamente, está em sala de aula, com a tarefa de descortinar o raciocínio matemático para os alunos?

Todas essas perguntas devem fazer parte dos debates do III Simpósio Nacional da Formação do Professor de Matemática, de 17 a 19 de novembro, no Rio. O evento integra o calendário oficial do Biênio da Matemática 2017-2018 e é realizado pelo IMPA e pela SBM (Sociedade Brasileira de Matemática).

Durante os três dias, profissionais de todo o Brasil, entre pesquisadores, professores, estudantes de cursos de graduação e pós-graduação que atuam na área, especialmente, egressos do PROFMAT (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional) irão se reunir do Colégio Militar para uma promissora troca de experiências.

Segundo Priscilla Guez, integrante da comissão organizadora do evento, as atividades são realizadas quase que integralmente durante o fim de semana para possibilitar que o maior número de professores participe do encontro.

“Muitas vezes, é difícil para o professor conseguir uma dispensa, ainda que seja para algo tão importante quanto um evento sobre formação, que, no caso do professor, nunca está, digamos assim, acabada. Ele continua aprendendo quando conclui o curso”, observa Priscilla, professora do Colégio Pedro II (Humaitá), à frente da organização do simpósio desde a sua criação, em 2013.

 

Naquela época, Priscilla acabara de concluir o PROFMAT quando, segundo conta, surgiu a ideia de se criar um encontro para promover a troca de experiências entre egressos do curso. Logo, a iniciativa despertou a atenção de outros profissionais da área e ganhou abrangência.

Nesta terceira edição, assim como nas duas primeiras, realizadas em Brasília, há uma preocupação em oferecer atividades focadas nos professores do Ensino Fundamental 1. A medida é para priorizar aqueles que, mais frequentemente do que nos outros níveis, não possuem habilitação na área de Matemática e que, por isso, podem ter mais dificuldade com a disciplina.

“Também vamos dar destaque ao tema sobre Matemática e inclusão”, adianta Priscilla, informando que o assunto é tema de uma mesa-redonda.

Além de palestras, os participantes poderão participar de oficinas e apresentar trabalhos em oito eixos temáticos: Abordagens e metodologias inovadoras em Matemática na Educação Básica; Ensino de Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental; Ensino de Matemática na Educação de Jovens e Adultos e nos cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio; Formação Inicial e Continuada de Professores de Matemática; Desenvolvimento de Materiais e Recursos Didáticos em Matemática; Tecnologias Digitais no Ensino de Matemática; Avaliação no Ensino de Matemática; História da Matemática e Prática Docente.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site do simpósio.